Só eu estou perguntando onde está o Recall?
A Microsoft apresentou com o Copilot+ o Recall, aquele recurso que assustou a todo mundo por ser uma espécie de “memória fotográfica digital” do Windows 11.
O que prometia ajudar os usuários a localizar informações e arquivos de forma eficiente se transformou em enormes motivos de preocupação por aqueles usuários mais preocupados com os aspectos de privacidade no uso do computador.
Depois de anúncio, a Microsoft enfrentou o hate dos usuários, e foi obrigada a retirar o recurso do Copilot+ com Windows 11. E de lá para cá, nada mais foi dito sobre ele.
O lançamento foi adiado, mas… foi cancelado?
Na prática, a empresa adiou a sua implementação no sistema operacional, só para evitar mais controvérsias.
Até porque (para quem não sabe), o Recall foi oficialmente colocado sob investigação no Reino Unido, justamente para que o nível de transparência sobre o recurso aumente.
As pessoas estão assustadas com a possibilidade de perderem os seus empregos por causa de uma Inteligência Artificial. Agora, podem perder a privacidade por causa dela.
Não que isso realmente vai acontecer, mas o risco real existe.
Com isso, a Microsoft decidiu não ativar o Recall por padrão em sistemas compatíveis, optando por adiar seu lançamento indefinidamente.
A decisão foi vista como um movimento estratégico para proteger a imagem da empresa e garantir que a nova função não comprometa o sucesso da plataforma Copilot+ PC, que é uma das principais apostas da Microsoft no campo da inteligência artificial.
E desde então… silêncio sobre o assunto.
Desde a polêmica inicial, a Microsoft não forneceu atualizações sobre o Recall, gerando incertezas sobre seu futuro.
A falta de comunicação clara sugere que a empresa pode estar revisando a funcionalidade para abordar as preocupações de privacidade e melhorar a proposta original.
Ou pode ter simplesmente desistido do Recall, que vai cair no esquecimento por iniciativa da própria Microsoft.
Outros recursos fazem o mesmo
A função Recall é comparada a outras ferramentas que já estão disponíveis no mercado, como a função Screenshots do Google.
A única (grande) diferença é que a solução da gigante de Mountain View permite ao usuário ter controle total sobre suas informações.
A solução do Google não fica registrando fotos de forma aleatória e sem qualquer tipo de controle por parte do usuário.
O comparativo de funcionamento dos recursos mostra como a Microsoft precisa repensar a sua abordagem para garantir que o Recall seja bem recebido pelos usuários.
Pelo menos por enquanto, o Recall ainda existe, e possui um potencial real para funcionar bem com o Windows 11.
Basta que a Microsoft aprenda um pouco com os erros do passado, com as soluções da concorrência e, principalmente, com os feedbacks dos usuários.
Existe sum uma grande possibilidade do Recall ser uma ferramenta que realmente vai agregar valor à experiência do Windows 11 no futuro.
Pode não ser para agora. Mas não devemos duvidar da capacidade de a Microsoft em reinventar soluções que, pelo menos em um primeiro momento, não foi tão bem recebida pelo grande público.
E se não der certo, o Recall será mais uma daquelas soluções que poderia ser, mas nunca foi.