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F1 2024 | GP da Espanha | As respostas que todos esperavam

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Muitos afirmaram que o GP da Espanha de F1 de 2024 entregaria algumas respostas sobre qual é o real cenário da temporada, mesmo depois de um terço de campeonato. E algumas dessas respostas surpreenderam, inclusive a este que escreve o que você está lendo.

Algumas constantes se confirmam, outras deixam pontos de interrogação que podem ser preocupantes para alguns pilotos. Mas fato é que muito provavelmente temos um cenário montado que pode mesmo dar o norte do que veremos a partir de agora.

Vou compartilhar quais são as respostas que obtive com essa corrida, além das perguntas que ainda persistem para as próximas corridas.

 

As lições deixadas pelo GP da Espanha

Max Verstappen faz mesmo a diferença na Red Bull.

A diferença de pilotagem entre ele e Sergio Pérez é algo abissal, e o trabalho eficiente que Max fez para conter Lando Norris no final da corrida foi excepcional. Dá para dizer que este já é o campeonato mais difícil que o piloto holandês vai conquistar, com exceção óbvia de 2021.

A Red Bull não tem mais o carro dominante na F1. Antes, essa diferença de Max para o resto seria superior a dois dígitos. Hoje, não mais: a McLaren encontrou um ajuste fino para melhorar o ritmo de corrida na parte final, e consegue administrar muito bem os pneus em diferentes tipos de pista.

Lando Norris perdeu a corrida no começo, já que ficou muito tempo atrás de George Russell, que fez uma largada excepcional, mas foi prejudicado por – ora só, vejam vocês – uma estratégia de pneus que foi o modo “é o que temos para hoje”, já que andar com pneus duros no fim da corrida lhe custou o pódio.

Logo, também está respondida a questão: “estão sacaneando o Hamilton?”. Bom, pode ser uma enorme coincidência o Toto Wolff chamar a polícia para investigar as denúncias de Lewis, mas fato é que hoje tudo funcionou melhor para o heptacampeão, principalmente na estratégia de pneus.

A Mercedes melhorou de forma consistente, com o trabalho de James Allison nas mudanças da asa. O incremento de performance fez com que Hamilton e Russell superassem a Ferrari, que nitidamente “andou para trás” na performance de corrida.

Aliás, uma das dúvidas que Barcelona deixa é se a Ferrari realmente se perdeu no campeonato. A disputa de hoje se reduziu a Leclerc vs Sainz, sendo que o espanhol teve que lidar duas vezes com Hamilton, o que beneficiou de forma indireta o monegasco.

E a grande perdedora do final de semana (além de Perez que, mais uma vez, é muito questionado sobre o seu desempenho individual) é a Aston Martin. Dá dó de ver o Alonso humilhado com um carro simplesmente horroroso.

E… de forma bizarra… no final de semana em que a volta do nefasto Flavio Briattore é oficialmente confirmada, a Alpine, que está perdendo os próprios motores da Renault, apresenta a maior evolução entre todas as equipes do meio de pelotão para trás.

Uma coincidência surreal.

 

E o que acontece a partir de agora?

A próxima etapa é o GP da Áustria, já na semana que vem. E acredito que Max Verstappen e a Red Bull serão dominantes, como vem acontecendo nos últimos anos.

Não acredito que o título do holandês está ameaçado de alguma forma, pois McLaren, Ferrari e (agora) Mercedes vão se estapear pelo título de “melhor do resto”.

Ou seja, mesmo que Max não vença todas as corridas até o final do campeonato, sua consistência e regularidade serão suficientes para garantir o título mundial.

O que está em risco para a Red Bull é o campeonato de construtores, e isso é um fato que Barcelona deixa evidente para todo mundo. Se Pérez não melhorar o seu desempenho, ou Ferrari e, principalmente (na minha opinião) McLaren, podem conquistar esse título.

Lando Norris é o principal postulante ao vice-campeonato. Está pilotando muito, ganhou confiança após a primeira vitória e está aproveitando bem a queda de desempenho da Ferrari.

Na verdade, vou ser justo: a McLaren evoluiu demais o seu carro, e a Ferrari simplesmente estacionou no seu progresso. Ou os italianos se perderam, ou estão com a cabeça em 2025.

E a melhora da Mercedes parece mesmo ser uma realidade. Para superar a Ferrari, algo que ninguém imaginava que poderia acontecer no começo do ano, é sinal de que esse carro está se salvando de mais um desastre.

Ah, sim… antes que eu me esqueça…

Para quem achava que Hamilton era um ex-piloto em atividade, que Russell era dominante na Mercedes e que o heptacampeão sempre foi superestimado…

o GP da Espanha de 2024 calou a boca de muita gente que fala um monte de merda por não entender absolutamente nada de Fórmula 1.


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