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Facebook: uma nova religião?

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A internet é uma ferramenta relativamente nova. No Brasil, chegou ao grande público em 1996, e muita gente ainda está chegando na web. E desses 23 anos que a internet vai completar em 2019, o Facebook está aí há 15 anos. E contando.

Depois de tantos escândalos e falhas de segurança e privacidade, os mais de 2 bilhões de usuários que ainda estão na plataforma acabam levantando uma questão bem interessante: o Facebook virou uma religião?

Depois de tudo o que ficamos sabendo sobre as práticas da rede social de Mark Zuckerberg, o número de usuários globais não cai (perdeu usuários nos Estados Unidos e Europa, mas no restante do mundo, não). O que está acontecendo?

 

 

Mais de 2 bilhões de usuários em 15 anos

 

 

Quando a gente para pra pensar que basicamente 1/3 da população mundial está no Facebook – e esse número não para de aumentar -, temos aqui o primeiro indício claro de fanatismo do coletivo em função de um único serviço.

Tudo bem as pessoas gostarem do Facebook, mas no mínimo esse coletivo deveria ficar com um pé atrás depois de tantos escândalos. Mas parece que todo mundo quer estar nessa rede social, não importa o que aconteça. Parece que ninguém dá a mínima para a privacidade.

 

 

Comunicação em seu máximo esplendor

 

 

Hoje, qualquer pessoa pode compartilhar a sua opinião, e ter a repercussão que espera diante do coletivo. E o Facebook virou a forma mais eficiente para você gritar ao mundo sem sequer se preocupar com as pedradas que vai receber depois.

De alguma forma, o Facebook soube se beneficiar muito bem desse potencial de comunicação que as pessoas conquistaram pela plataforma, em um efeito diferente das outras mídias, onde o retorno do usuário ou não é percebido, ou enfrenta alguns processos até burocráticos que não existem no mundo online.

 

 

Mais livres ou mais controlados?

 

 

Depende.

Se você é aquele tipo de pessoa que nunca se importou muito com o que pensam sobre você, e que encara o Facebook apenas como uma forma de se comunicar com as pessoas e expressar as suas visões de mundo, você é um ser livre.

Agora, se você vive preocupado em construir uma imagem online, adora dar satisfação para as pessoas e sempre quer vender que sua vida é perfeita porque precisa de likes para ser feliz, eu sinto muito, mas você está em uma prisão bem perigosa.

 

 

A privacidade em xeque

 

 

Por mais que Mark Zuckerberg se lamente por todos os incidentes causados (voluntária ou de forma provocada) pelo Facebook e que comprometeram a segurança dos dados de milhões de seus usuários, não podemos ignorar que todos esses problemas são mais que alarmantes.

Mas quando vemos o número de pessoas que ingressam na plataforma, concluímos rapidamente que a maioria não está se importando com as suas informações, e a privacidade é apenas um detalhe que é menos importante do que compartilhar fotos de gatinhos na timeline.

 

 

Facebook: uma nova religião?

 

 

Até podemos pensar que sim, diante do fanatismo/necessidade das pessoas em querer ficar por dentro de tudo o que acontece com a vida do alheio, onde tudo parece indicar que as pessoas estão com tempo sobrando para NÃO cuidar das próprias vidas.

Por outro lado, ainda é possível a cura e a desconexão do Facebook. Como ninguém está colocando uma arma na cabeça, é perfeitamente possível ficar na rede social e, ainda assim, sobreviver a tendência de achar Mark Zuckerberg um deus.

Basta querer.


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@oEduardoMoreira