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Geração Z quer trabalhar 4 dias por semana (e eu entendo perfeitamente)

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Me tornei um adepto do home office e da semana com quatro dias de trabalho. Mas posso fazer isso porque, oras bolas, eu trabalho para mim mesmo, pois sou totalmente independente na minha profissão.

Sou patrão de mim mesmo e, por tabela, sou pobre. Reconheço.

Porém, não sou o único que quer uma semana laboral mais curta. Uma recente pesquisa revela que 81% dos jovens da Geração Z preferem a semana de trabalho de 4 dias para aumentar a produtividade.

A justificativa para uma semana de trabalho mais curta é a mesma que a minha: maior foco em inovação em troca de um maior equilíbrio entre trabalho e descanso.

 

Os detalhes da pesquisa

A pesquisa foi realizada pela Generation Lab, que questionou 1.033 jovens sobre o mercado de trabalho nos EUA. Mas acredito que esse recorte de cenário se aplica em outros mercados globais.

Os resultados são mais do que claros: os membros da Geração Z revelaram uma enorme insatisfação com o mercado (44%) e e reclamaram dos altos preços de moradia nos EUA (68%).

Dois aspectos que também afetam aos jovens e jovens adultos brasileiros que trabalham e estudam nos grandes centros urbanos, tentando conciliar esse início de carreira profissional com uma vida mais independente.

Outro aspecto que foi revelado pela pesquisa é a relação mais complexa dos membros da Geração Z com os seus chefes.

Os jovens sentem que a falta de confiança dos patrões e um mercado pouco satisfatório comprometem a produtividade como um todo, gerando insatisfações e procrastinações.

Devo lembrar aos desavisados que essa mesma Geração Z inventou as “férias sem aviso prévio”. É um grupo que simplesmente decide “do nada” não ir ao trabalho e só avisam que vão fazer home office depois das 9h da manhã.

E eu não julgo quem faz isso.

 

A preferência pela semana de 4 dias

Aqui está o detalhe mais interessante do estudo, na minha modesta opinião (que é a única que realmente importa neste blog, já que ele é meu).

Pelo menos 81% dos entrevistados acreditam que a jornada de quatro dias aumenta a produtividade. E eu concordo (e muito) com essa perspectiva.

Diferentes locais do planeta estão testando as jornadas laborais de quatro dias (com três dias de descanso, em um final de semana mais longo), e os resultados são muito positivos.

Vários estudos recentes sobre os impactos da semana de quatro dias de trabalho mostram que, nas semanas com jornadas laborais de cinco dias, um dia inteiro tende a ser totalmente improdutivo.

Ou seja, é melhor então estabelecer jornadas mais curtas de trabalho durante a semana. Deixar todo mundo em casa na sexta-feira vale mais a pena do que gastar tempo e dinheiro mantendo o escritório funcionando.

E de forma até surpreendente, o trabalho remoto não é uma prioridade para os mais jovens. 60% dos entrevistados na pesquisa preferem trabalhar em escritórios físicos.

De qualquer forma, o contrabalanceamento disso é ter a jornada de quatro dias como a “favorita” para o futuro do trabalho presencial.

Parece que o remoto pode ser substituído por um dia a mais de descanso em casa, o que deve agradar aos chefes mais céticos.

Todo esse entendimento sobre o comportamento de trabalho da Geração Z se alinha com um perfil que valoriza mais o descanso e a criatividade.

É um grupo que está decidido em não trocar o salário por mais dias de férias, onde o melhor descanso pode ser feito ao longo das semanas, e não em um longo período de pausas.

E é sempre bom aprender com o que eles podem nos oferecer sobre estilos de vida que otimizam o tempo com qualidade.


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@oEduardoMoreira