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Google vai demitir os funcionários que não se vacinam, e está mais que certo!

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O Google decidiu colocar o pau na mesa. E, dessa vez, o Google está certo.

A gigante de Mountain View determinou que os seus funcionários que ainda não estão imunizados contra a COVID-19 serão obrigados a tirar uma licença de até sete meses. Se nesse tempo o funcionário não tomar as doses correspondentes à imunização completa, ele será demitido.

Essa é a primeira gigante de tecnologia a tomar este tipo de medida considerada drástica e que, particularmente, espero que outras empresas dentro do setor façam o mesmo. Afinal de contas, não há discussão: os direitos individuais não se sobrepõem aos direitos do coletivo em um cenário de crise sanitária.

 

 

 

Vocês que lutem, antivacinas!

Os funcionários do Google tinham até o dia 3 de dezembro para declarar o seu estado de vacinação para empresa. A partir de 18 de janeiro de 2022, os não vacinados receberão uma licença administrativa paga durante 30 dias. Se o funcionário não receber as doses, ele é obrigado a tirar outra licença de 6 meses, mas neste caso, não remunerada.

Se depois de tudo isso o imbecil não se vacinar, ele é demitido.

O Google está enfrentando problemas com essa questão, assim como outras empresas certamente estão passando pelo mesmo. Quando a empresa determinou as suas políticas de retorno ao trabalho para os vacinados, aqueles que se opõem a vacina se manifestaram.

Antes da decisão drástica, o Google ainda se mostrou flexível, considerando explorar a possibilidade de deixar em trabalho remoto alguns postos cujo trabalho presencial não era essencial, além de incluir motivos médicos ou religiosos como justificativas válidas para a não vacinação em suas políticas internas.

Porém, entendendo que o interesse de proteger o coletivo está acima das questões individuais, o Google decidiu acabar com a tolerância que restava. O cenário de risco ainda existe e se torna potencialmente maior com a presença da variante Ômicron, que está se disseminando mais rápido que a variante Delta.

Não vou ser imparcial neste caso.

Antivacina tem mais é que se ferrar mesmo!

E não vou discutir o direito individual. A questão médica é a única que ainda pode ser fundamentada na justiça, já que é algo que não está no controle do indivíduo. Porém, convicções religiosas e posicionamentos individuais baseados em critérios não científicos não podem ser considerados argumentos válidos para a não vacinação durante uma pandemia que ainda está matando milhares de pessoas ao redor do mundo.

 

 

 

O que a lei diz?

A lei (inclusive a brasileira) diz que nenhuma empresa pode obrigar o seu funcionário a se vacinar, mas também diz que a empresa é livre para fazer o que quiser com ele em caso de descumprimento de suas políticas internas.

Isso pode gerar conflito de interesse entre as partes envolvidas, já que o Google não pode pedir o comprovante de vacina para adentrar nas instalações da empresa. Por outro lado, existem várias decisões nas esferas superiores da Justiça que defendem que o interesse do coletivo está acima dos interesses individuais neste caso.

E, querendo ou não, o Google é um coletivo organizado. Logo, tem o direito de decidir quais são as regras que querem seguir.

Moral da história: vocês que lutem, antivacinas!


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@oEduardoMoreira