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Grey’s Anatomy: ligada por aparelhos (pelo menos para mim)

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São expressões faciais como essa acima que fazem o meu ódio por Shonda Rhimes (e por Grey’s Anatomy por tabela) aumentarem a cada episódio.

Sei lá… eu não sei se o finale “vamos brincar de Lost” da temporada anterior me deixou traumatizado. Mas depois de nove episódios exibidos (e uma providencial pausa para as festas de final de ano), Grey’s Anatomy para mim está ligada por aparelhos. E quando digo isso, é porque estou quase chamando o padre para fazer a extrema unção, e cancelar a série de uma vez por todas da minha vida.

Não me entendam mal. Não é maldade da minha parte. Mas convenhamos: apesar dessa temporada começar a andar em alguns aspectos (a recuperação da Arizona – que estava se tornando o ser humano mais chato do universo -, o tratamento da mão do Derek, uma gravidez para Meredith, etc), existem vários aspectos que simplesmente ultrapassam o tolerável, com situações patéticas, que fogem à minha compreensão de porque fazem parte do universo da série. Das duas, uma: ou eu sou um burro completo e Shonda Rhimes vê além do alcance da compreensão humana, ou ela está mesmo trollando todo mundo como se não houvesse o amanhã.

A volta da Kepner mesmo. Só serviu para ela ser a “parceira de coito” do Jackson, e nada mais. Segue sendo a mesma incompetente, inútil e despreparada de antes. Aliás, isso mostra o quão o Owen é incompetente como chefe do Seattle Grace Mercy West, pois além de trazer duas funcionárias que, no passado, foram justamente demitidas do hospital, ainda contrata a empresa aérea mais barata, que provoca o acidente aéreo com os médicos do hospital.

Yang… a contraditória! Em nove episódios, tomou um número de decisões incoerentes que superam todas as besteiras que ela fez ao longo de nove temporadas. A última contradição da moça foi se mudar para Minnessota, fornecer forte para o diretor do hospital de lá (para obter vantagens em seu progresso profissional, pois ela sempre fez isso – vide o coitado do Burke), se manda de lá porque ela se dá conta que lá ela não manda, volta para Seattle… e decide “do nada” voltar para Owen (ainda diretor do SGMW), depois de pedir para ele não a procurar e ATÉ MESMO PEDIR A SEPARAÇÃO! Pior: quando Owen toma a decisão de se separar dela, Yang acusa Owen de decidir sozinho o destino daquela relação. É, Yang… acho melhor você fazer uma cirurgia de cérebro em você mesma: afinal, se esqueceu que VOCÊ SOZINHA não queria um filho, e que VOCÊ SOZINHA quis ir embora de Seattle?

Miranda Bailey virou A INÚTIL da temporada. Se tornou a personagem mais descartável de Grey’s Anatomy, só se preocupando com um casamento que, para quem viu o último episódio, não vai acontecer. A única coisa de útil que Bailey fez foi tirar Arizona de casa, que estava se tornando a personagem mais insuportável da série. Ok, ela perdeu uma perna,  isso é triste e tal… mas a vida continua. Caramba, a Arizona é uma médica, e ela sabe que o objetivo primário de todo médico é salvar vidas! Callie e Karev priorizaram isso ao cortar a perna dela. E convenhamos: só uma imbecil como a Arizona acreditava que uma perna que foi cuidada durante uma semana com folhas de árvore e gravetos conseguiria ser salva. Logo, ela tem mesmo que parar de achar que é o centro do mundo e voltar a viver.

Mas a pior coisa de Grey’s Anatomy hoje está nos novos internos…

Não é possível que Shonda Rhimes tenha mesmo escrito personagens que chegam ao hospital sem saber o básico de medicina. Sério, eles não parecem internos. Parecem colegiais que estão iniciando o curso de verão. No episódio centrado nos internos (S09E08) isso fica bem claro, quando alguns deles não conseguem segurar em um bisturi! Ao menos a turma de Meredith, Yang, Karev, Izzie e O’Malley sabiam o básico, e alguns deles chegaram a efetivamente salvar vidas no primeiro ano. Esse novo grupo de internos é um bando de mundrungos patetas, que sabem tanto de medicina quanto eu sei de hipotermia polar no Alasca.

Esse post cheio de mágoa ilustra o quanto estou cansado de Grey’s Anatomy e de Shonda Rhimes. Principalmente com a “tia” Shonda e suas respostas vazias para os problemas que ela mesma cria na série. Talvez eu fique para ver a morte da mulher do Webber (algo que já foi anunciado por vários sites, ou seja, não é spoiler), e dê adeus de uma vez por todas em uma das melhores séries que eu já vi, mas que entra em uma sucessão de erros lamentáveis.

Talvez seja esse mesmo o fim do ciclo de Grey’s Anatomy para mim.


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@oEduardoMoreira