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Gypsy: quando a ética profissional é colocada em xeque

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gypsy

Gypsy, série protagonizada por Naomi Watts, estreou na Netflix em 30 de junho.

A atriz de 21 Gramas e Mulholland Drive interpreta Jean Holloway, uma psicóloga que vive intensamente os casos clínicos dos seus pacientes.

A série tem direção de Sam Taylor Johnson (Cinquenta Tons de Cinza) e mostra como Jean acaba se envolvendo pessoalmente no mundo de cada paciente, tratando cada caso como se fosse um problema dela. Ela é muito problemática, com vários dramas pessoais não resolvidos.

A protagonista não consegue ser imparcial com seus pacientes, e ela acaba tendo duas vidas, onde ela mesma se alterna entre psicóloga e a outra personagem que ela vive, conflitando tudo isso em sua realidade.

As várias realidades de Jean se tornam mais evidentes quando ele se envolve com Sidney (Sophie Cookson), ex-namorada de um paciente, Sam (Karl Glusman).

Gypsy fica mais pesada quando Jean ultrapassa a ética profissional, quebrando o código de sua profissão. Ela passa a duvidar dela mesma, e em certo ponto o telespectador fica confuso se é ou não é ela no comando. A dualidade entre o ser e parecer é constante: viver agora ou abdicar? Fazer o certo ou apreciar o errado?

Apesar de ter uma personagem complexa, Naomi entrega uma performance em Gypsy abaixo da média. E ela é bem capaz de fazer personagens fortes ou arrojadas.

No final, Naomi Watts, duas vezes vencedora do Oscar, é a parte menos surpreendente de uma série que já foi cancelada pela Netflix.

 

 


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@oEduardoMoreira