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Hoje tem a “festa do confete” na Califórnia…

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Chegou o dia. Chegava o Natal, mas não chegava o dia 10 de setembro. Hoje, com muito confete, uma paleta de cores de gosto duvidoso, novos recursos, novas funcionalidades e, muito provavelmente, dois novos iPhones que todo mundo já viu pelos diversos lançamentos na web, a Apple vai realizar mais um evento na Califórnia. O iOS7 é o início de uma nova fase para o sistema operacional móvel mais bem sucedido dos últimos anos, além de um momento chave para a Apple, por ser a primeira grande mudança de rumos na gestão Tim Cook.

Não dá para pedir mudanças muito drásticas. Até porque nada nesse mundo que muda de forma abrupta alcança os resultados desejados. Ou seja, não chega a causar uma decepção ver que o iPhone 5S vai manter o design do iPhone 5, adicionando as funcionalidades do iOS 7 e alguns recursos exclusivos. Isso já é o esperado, e é o que vimos nos últimos anos. Ou seja, daqui a pouco, tentem não ficar batendo nessa tecla, pois será uma redundância desnecessária.

Algumas inovações e melhorias técnicas são esperadas. O tal identificador biométrico, se vier, é uma boa sacada. Tá, tem gente que vai dizer que até a Motorola já fez isso em alguns modelos. Mas devo lembrar que, curiosamente, a Motorola abandonou essa ideia nos modelos futuros. Quem sabe a Apple faz essa ideia dar certo. Mesmo porque um identificador biométrico na parte da frente do smartphone faz mais sentido mesmo.

Sem falar nas questões de segurança envolvidas. É um dos temas do momento (ainda mais quando o Obama está lendo os e-mails de todo mundo, e tem gente paranoica com isso), e esse é um dos pontos que Tim Cook e sua turma pode dizer que é melhor que todo mundo, com a assinatura do pessoal do FBI para esse discurso.

Por incrível que pareça, e de forma até velada (não saio por aí comentando essas coisas), eu estou mais otimista com o iPhone 5C do que com o iPhone 5S. Não por ser um produto “de baixo custo” (e esse termo pode ter uma interpretação distinta para várias empresas), mas por ser um produto novo. Sabe, olhar para um produto completamente novo (ou com uma estética diferenciada do que estamos acostumados). Se o iPhone 5C vai ser um bom produto, eu não sei. Se ele será dedicado exclusivamente para o mercado asiático (como especulam alguns veículos de imprensa), também não sei. Só sei que, de forma velada, o produto me agrada.

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Agora, o iOS 7… bom, eu disse que não gostei da paleta de cores que a Apple utilizou, e não gostei mesmo. É horrível, escolhida por uma criança psicopata de cinco anos de idade. Mas… são mudanças! Antes, a gente reclamava que a Apple não tentava mudar em nada. Ficou acomodada no trono do “nós somos o máximo”, olhando todos os outros de cima para baixo. E agora que ela decide mudar em alguns aspectos fundamentais de sua proposta de software, vamos ficar de #mimimi por isso?

Bom, nesse caso, eu… confesso…

Tá, vamos ver no novo iOS 7 muitas coisas que já estavam presentes nos smartphones daqueles que preferiram se aventurar no mundo do jailbreak. E, principalmente, vamos ver MUITAS COISAS que foram DESCARADAMENTE CHUPINHADAS do Windows Phone e do Android. Pior: vamos ver a Apple dizer que são recursos novos, inovadores e geniais. E vamos rir muito da cara dos executivos da empresa e, principalmente, dos fanboys que vão acreditar nessas mentiras.

Por outro lado, vamos ver uma Apple ouvindo um pouco mais aquilo que os consumidores querem ver nos seus produtos. Recursos simples, que inexplicavelmente não estavam presentes no sistema operacional. Parece que a Apple se tocou que não são eles que sabem o que as pessoas querem, mas sim, a própria massa de consumidores, que se cansaram da mesmice, e até ameaçam migrar para os concorrentes.

Não acredito que o iOS 7 vai ser o marco inicial de dominância da Apple no mercado mobile. Isso não vai acontecer. Precisa ser o sistema que deve mostrar ao seu consumidor que “olha, estamos tentando ouvir vocês”. Se não acertarem, precisam corrigir e rápido o que aconteceu de errado. Se acertarem precisam seguir ouvindo o que os clientes querem.

A Google faz isso com o Android, por exemplo (apesar de saber tudo sobre a sua vida… é o preço a ser pago).


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@oEduardoMoreira