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Inicie um PC com um disco de vinil

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A volta do vinil é uma realidade. É tão real, que agora ele pode iniciar um velho IBM PC. Algo inimaginável na década de 1990 (se eu soubesse disso, teria iniciado o meu PC 486 com aquele meu velho disco do Duran Duran).

O experimento que você vai ver neste post mostra como é possível armazenar 64 KB de dados em um disco de vinil, carregando o código base de inicialização de um PC com kernel FreeDOS modificado, com um resultado final fascinante.

 

 

 

Não tente fazer isso em casa. Ou tente, se quiser

 

O feito foi realizado por Josef Bogin, que conectou um IBM PC em um toca-discos através de um amplificador. O disco de vinil recebeu os setores com os dados necessários para iniciar o computador por uma interface em modo texto básico. A inicialização parte de um carregador de arranque em uma EPROM que seleciona a vitrola como um dispositivo de inicialização.

Então, o vinil começa a tocar uma música muito especial: o correspondente à gravação analógica de 64 KB, que acaba depois de 6 minutos e 10 segundos a 45 rpm e que é lido e traduzido da memória para o kernel FreeDOS modificado (por uma questão de espaço), uma pequena variante de uma interface de comandos no estilo COMMAND.COM e uma versão parcheada do INTERLINK, que permite transferir arquivos via cabo paralelo da impressora.

E eu sei que pelo menos metade dos leitores deste blog nunca viram um cabo paralelo de impressora na vida.

 

 

O projeto é variante do BootLPT/86, que permitia iniciar antigos sistemas x86 (como é o caso do IBM PC) através de uma conexão por cabo paralelo. Foram realizados alguns ajustes na reprodução e aplicar as correções de sinal no amplificador, um processo que permitiu que a leitura dos dados fosse a correta.

O modem do cassete (sim, amigo leitor… o IBM PC tinha suporte para fitas cassete, mas não era o comum de uso na sua época), encarregado de pegar os sons e traduzí-los, precisava de uma gravação sem ruídos adicionais. Ou seja, aquele chiado que são comuns nos discos de vinil precisavam ficar de fora. Algo que tornou o processo ainda mais complicado.

No final das contas, o resultado de toda essa combinação é o acesso a uma interface de comandos básica e funcional, que mostra como é possível realizar coisas alucinantes a partir de uma mente criativa e engenhosa. Muito além da utilidade real do projeto, a ideia e a sua execução é o que mais importa nesse caso.

 

 

 

Via Bogin, Jr.


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@oEduardoMoreira