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iPad Pro 2018 tem na Apple o seu próprio inimigo

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Steve Jobs anunciou o início da era pós-PC em 2010, quando apresentou o primeiro iPad. Podemos dizer que Jobs compartilhou com o mundo uma meia verdade. Se o seu real desejo era acabar com os computadores, ele ficou na vontade, pois apesar do dispositivo não ser mais a principal via de consumo de conteúdo conectado do usuário médio, o PC não morreu. Apenas tem agora um uso segmentado.

Produtores de conteúdo, gamers, profissionais de segmentos específicos e várias outras categorias profissionais não abandonaram o PC. E nem vão abandonar, porque é uma solução muito mais versátil que qualquer tablet. Eu não me imagino editando vídeos e podcasts em um tablet, muito menos digitando textos enormes em uma tela sensível ao toque.

Simplesmente não dá!

Por outro lado, é inegável que o PC perdeu popularidade com a chegada dos tablets e, mais ainda, com os smartphones. Isso fez com que o grande público abandonasse desktops e notebooks para utilizarem dispositivos ainda mais portáteis, que ofereciam as mesmas possibilidades de consumo de conteúdo que os computadores tradicionais.

Pois bem, fato é que, ano após ano, a Apple apresenta novos iPads, tentando fazer com que o sonho de Jobs se torne realidade. O iPad Pro 2018 é o tablet da maçã mordida que mais se aproxima dessa missão, mas segue falhando miseravelmente naquilo que é considerado fundamental para substituir de vez o PC: os aplicativos.

O hardware do iPad Pro 2018 é quase impecável. O dispositivo tem uma tela excelente, seu armazenamento é monstro e a conectividade finalmente fica por conta da porta USB-C. Porém, a Apple reduziu o potencial do dispositivo ao não permitir conectar vários periféricos, como discos rígidos, câmeras, mouse ou controladores específicos para vários profissionais.

Mas as auto sabotagens da Apple no iPad Pro 2018 não param por aí.

Os aplicativos baseado no iOS funcionam muito bem para a grande maioria das atividades cotidianas. Mas quando falamos de tarefas profissionais, o iPad ainda é limitado. Apesar da promessa de contar com a versão completa do Photoshop (algo excelente para um dispositivo com as suas características), as demais áreas profissionais (música, vídeo, podcast, design, programação, etc) ficam de fora, sem uma ferramenta a altura e devidamente adaptada ao dispositivo.

Ou seja, está bem claro que a Apple tem no iPad Pro 2018 uma máquina de respeito, mas sem receber um ecossistema correto. O que seria desse dispositivo se ele rodasse o macOS pra valer?

Quem sabe acabaria com o PC de vez? Será que um dia no futuro vamos descobrir se sim ou se não?


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@oEduardoMoreira