O título está correto. Em breve, você poderá comer “luz do mar”, um novo ingrediente “mágico” do cozinheiro Ángel León.
Ele apresentou oficialmente o resultado de anos de pesquisa, em um evento na Universidade de Harvard (EUA). Elaborado no seu restaurante Aponiente em El Puerto de Santa María (Espanha), a luz do mar é composta por larvas de crustáceo que se ativam ao entrar em contato com a água, emitindo luz própria e iluminando o caldo.
A ideia é oferecer um jantar onde no momento em que o prato for servido, todas as luzes do restaurante se apagam, e as pequenas larvas se iluminem, deixando o momento único.
Os calamares contam com bacérias luminescentes, que emitem uma pequena luz por alguns instantes. Isso acontece por conta de uma reação química, onde a luciferina sofre uma oxidação que é catalizada pela enzima luciferasa.
Ángel começou a pesquisar o fenômeno mais a fundo, e o efeito e fonte da bioluminescência, para levar as bactérias para a mesa do consumidor.
O chef é conhecido também pelo seu trabalho com o plancton marinho, e ele já possui duas estrelas Michelin com seu restaurante, que conta com sua própria equipe de I+D em parceria com a Universidade de Cádiz e outras entidades.
As pesquisas visam conservar as espécies e melhor aproveitar os materiais do mar para o seu consumo. O projeto da “luz do mar” já tem dois anos de vida, e está pronto para ir para a mesa a partir de março de 2017.
Alguém se arrisca?
Via Twitter (Chef del mar), Cosas de comé