Charles Leclerc venceu de forma brilhante o GP dos EUA de F1 em 2024, em um 1-2 da Ferrari que mostra que vem para a briga pelo vice-campeonato de construtores. Mas… nem parece que isso realmente aconteceu.
Em uma corrida que disse mesmo a que veio no terço final, mais uma vez, temos a polêmica servida, com mais uma vez (e esse é um erro histórico da FIA) comissários aplicando punições com critérios subjetivos envolvendo os pilotos que estão disputando o título.
Ou é isso… ou Max Verstappen virou o “alecrim dourado” da FIA de vez.
Dois pesos, duas medidas
No final da corrida, Lando Norris ultrapassa Max Verstappen fora dos limites de pista, já que o piloto holandês o obrigou a ir por esse caminho, uma vez que ele (Max) também saiu da pista.
Norris foi punido com 5 segundos por obter vantagem na ultrapassagem. Porém, nada aconteceu com Max, que forçou Lando a sair da pista para seguir na competição.
O agravante dessa polêmica é que, no mesmo GP dos EUA, George Russell foi punido com 5 segundos pelo mesmo movimento que Verstappen fez.
Ou seja, forçou a saída de outro piloto da pista, ultrapassando os limites.
Então… do que devemos chamar isso?
Dois pesos e duas medidas? Relativização? Roubo? Cegueira objetiva? “Erro humano” (de novo)?
E o problema não está no fato de ser o Verstappen. Sinceramente? Nem sei se isso é culpa dele necessariamente, já que Norris ultrapassou por fora da pista e não podia.
Aliás, certo o Max em mandar um “vou deixar os comissários fazerem o trabalho deles” e sair rapidamente da entrevista para não falar besteira.
O problema aqui é a falta de critério claro para aplicar essa e outras punições, que deveriam ser de ordem objetiva, mas que dão a entender que estabelecem critérios subjetivos, que ninguém sabe quais são.
E a corrida?
De novo: ter corrida foi relativo, uma vez que emoção mesmo foi só no final.
Parabéns para Colapinto e Liam Lawson, que fizeram duas baitas corridas diante de todos os cenários apresentados. E George Russell também merece destaque, pois saiu do desastre para alcançar a zona de pontos.
O Sergio Pérez não se ajuda mesmo. Ou confirma que a Red Bull não melhorou tanto assim, e que Verstappen segue tirando leite de pedra.
Hamilton teve um final de semana para esquecer, e terminou onde ele está moralmente falando com tudo o que aconteceu em Austin: preso na brita.
Aliás, Lewis foi um anticlímax completo, pois foi o responsável pelo Safety Car logo no começo, quando a corrida dava sinais de que seria uma disputa mais intensa.
Na prática, foi uma procissão interrompida pelas estratégias de pit stops, onde a Ferrari, por incrível que pareça, mostrou competência.
Nem o menino Piastri brilhou hoje, dando a impressão de que correu sozinho e sem pressão alguma.
E como o Lando Norris não se ajuda de qualquer forma, pois não soube administrar direito a disputa de posição com o Verstappen (e isso, porque achei a punição contra ele injusta)…
Dá para dizer que quem realmente venceu o GP dos EUA de verdade foi Max Verstappen.
Com o regulamento embaixo do braço
Verstappen agora corre como Michael Schumacher nos seu auge, e não estou falando necessariamente de performance em pista.
Ou também pode ser, já que Michael chegou a fazer milagre em 1997 e 1998, com carros sem muitas chances de título, mas sendo competitivo.
Max sabe que não tem o melhor carro no momento, e o ritmo de corrida hoje no COTA mostrou isso. Mas está jogando muito bem o “mind games” contra o Norris.
E Lando está caindo como um pato estúpido no jogo mental de Verstappen, confirmando o que eu disse lá atrás: MAX VERSTAPPEN É O TETRACAMPEÃO MUNDIAL DE FÓRMULA 1.
É claro que Norris tem chances matemáticas de título, mas vejo isso como algo cada vez mais distante.
Ele depende de DUAS QUEBRAS de Max e DOIS FINAIS DE SEMANA PERFEITOS, com vitória e volta mais rápida para reduzir de forma drástica os 57 pontos de desvantagem.
Com o holandês consistente do jeito que está, uma era da Fórmula 1 com carros inquebráveis, a Ferrari andando muito (e roubando pontos) e Norris perdendo pontos a cada final de semana, esse campeonato de pilotos está decidido.
O GP do México na semana que vem tende a consolidar a minha teoria matemática e conceitual.
Veremos.