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Leonardo DiCaprio era um viajante do tempo em Titanic?

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Poucos filmes geraram tantas discussões quanto Titanic, de James Cameron. Até hoje, depois de quase 30 anos de sua estreia nos cinemas.

Sou suspeito para falar, pois vi esse filme por, pelo menos, sete vezes. E você pode não acreditar, mas… não foi por escolha ou vontade própria. A grande maioria das vezes eu me vi obrigado, e em pelo menos uma dessas vezes, contei o final para quem não tinha assistido.

Sim… eu guardo mágoas e nomes.

Entre as polêmicas envolvendo Titanic, uma sempre retorna: Jack precisava mesmo morrer? Na minha modesta opinião (e, pelo visto, também na opinião dos Caçadores de Mitos), NÃO. Mas há um detalhe ainda mais intrigante, quase despercebido pelo público.

Uma falha histórica coloca duas hipóteses na mesa:

  • Ou o personagem de Leonardo DiCaprio era um viajante do tempo;
  • Ou Cameron cometeu um erro grosseiro.

A teoria da viagem no tempo soa absurda, mas Cameron já explorou o tema na franquia O Exterminador do Futuro, o que o torna minimamente conhecedor das regras sobre o assunto.

E só a viagem no tempo explicaria por que Jack mencionou ter visitado o Lago Wissota antes de embarcar no Titanic.

 

Um erro impossível de ignorar

No início do filme, Jack conta a Rose que pescou no Lago Wissota, no Wisconsin, para ilustrar o quão doloroso é mergulhar em águas geladas. A cena cria conexão entre os personagens, mas esconde um problema grave: esse lago sequer existia na época do naufrágio.

O Lago Wissota foi criado artificialmente em 1917, cinco anos depois do desastre do Titanic, com a construção da barragem de Wissota no rio Chippewa. Cameron, que também escreveu o roteiro, aparentemente não conferiu esse detalhe e assumiu que o lago já existia.

Você poderia até justificar a fala de Jack com o clássico “ele é um malandro, logo, inventou esse fato”. OK. Mas… inventar sobre algo que não existe? Mais do que isso: ser tão preciso na mentira a ponto de ser a fonte de inspiração para a criação do lago no futuro?

Sem falar que mentir para Rose não é exatamente o mais forte traço de personalidade do Jack, mesmo com essa possibilidade ser plausível, já que ele inventou uma história qualquer para entrar no Titanic sem uma passagem.

A não ser que Rose tenha contado essa história para alguém, que se inspirou nos fatos relatados pela sobrevivente (algo que o filme, por motivos óbvios, não deixa claro que aconteceu), o mais crível é pensar que Jack é mesmo um viajante do tempo.

Ou que James Cameron cometeu uma imprecisão histórica.

 

Cameron assume a falha

Como apontado pelo site Filmstarts, o erro de James Cameon é a opção mais plausível, já que não há outro indício de viagem no tempo no filme. Aliás, o próprio cineasta admitiu que se incomoda com esse erro até hoje.

Isso, claro, não impediu Titanic de se tornar um fenômeno global. O filme foi o mais lucrativo da história em seu lançamento e ainda ocupa o quarto lugar no ranking das maiores bilheteiras.

Além disso, levou 11 Oscars, consolidando-se como um dos maiores sucessos do cinema, mesmo com esse deslize histórico.

Errar é humano. E diante da grandiosidade de Titanic, o que é uma imprecisão histórica perdida no meio de um navio gigante que afundou por se chocar com um enorme bloco de gelo?


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@oEduardoMoreira