Em abril de 2016, a LG apresentou ao mundo o LG G5, que era a sua proposta de smartphone modular. E por mais que a proposta fosse considerada interessante (nem tanto, de acordo com a reação de todo o mercado), não vingou. E essa é uma proposta difícil de dar certo para qualquer fabricante. Google e Lenovo podem falar melhor sobre isso.
O LG G5 é o símbolo do produto que oferece uma solução para um problema que não existe, e parece que a LG se especializou nisso no mercado de smartphones. Com o LG G8 ThinQ, tiraram da manga o Hand ID e o Air Motion como diferenciais, e mais uma vez não sabemos por que tais recursos existem. Ninguém sabe por que precisamos disso.
Obrigado, mas… não, obrigado!
A maioria das pessoas já está acostumada a ser obrigada a tocar em uma tela para interagir no smartphone, e outras funcionalidades específicas podem ser feitas através do comando de voz ou, na pior das hipóteses, por reconhecimento facial. Não tocar na tela mas exigir olhar para a mesma para interagir com a interface de uso não é uma das coisas mais práticas do mundo.
Sem falar que todos os usuários terão que passar por uma nova curva de aprendizado, e a grande massa de pessoas não está interessada em aprender mais nada.
A LG deveria deixar de querer ser tão diferente
Eu não estou aqui defendendo que a LG tem que copiar tudo o que funciona na concorrência, mas inovar tanto para algo que não revoluciona o mercado de verdade também não é a melhor solução. Aqui, temos o caso mais do que comprovado que “menos é mais mesmo”, e não adianta inventar algo que ninguém vai querer usar.
O LG G8 se destaca por coisas bem mais interessantes
O novo smartphone top de linha da LG tem destaques positivos mais atraentes, como a inteligência artificial ThinQ AI e o conjunto de câmeras traseiras, que prometem resultados mais do que promissores. A câmera de selfies como modo retrato também é algo que enche os olhos.
Também vale uma menção especial para a parte de som desse dispositivo, que apresenta uma tecnologia diferente para oferecer uma qualidade de som superior em um smartphone um pouco mais fino.
É possível que a LG aprenda com os erros, e o LG G8, mesmo sendo mais conservador, tem vários acertos. O que ele tem de original não vai ajudar nas suas vendas, mas não podemos culpar a marca por tentar ser original.
Por outro lado, muitos se perguntam se HTC, Sony ou LG chegam ao fim de 2019 com suas divisões de smartphones intactas. Com tamanho potencial e recursos, é até possível que sim. Mas é preciso pensar em criar soluções do mundo real, e não nas soluções dos problemas que não existem.