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Motivos científicos para crianças e pré-adolescentes dominarem o skate

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Eu sei. Eu também virei fã da Rayssa Leal. Não só dela, mas de todas as crianças e pré-adolescentes que deram um show nas modalidades de skate nos Jogos Olímpicos Tóquio 2020.

A brasileira é um fenômeno aos 13 anos de idade, mas ela não estava sozinha. A britânica Sky Brown no skate park e a medalhista de ouro no street, a japonesa Momiji Nishiya, também contam com a mesma idade da fadinha.

Então… o que está acontecendo? Por que essas crianças estão mandando tão bem no skate?

A ciência pode oferecer respostas.

 

 

 

Tamanho é importante

 

 

Dois especialistas no assunto dão explicações científicas para que esses pré-adolescentes simplesmente dominem o skate nesse momento. E o principal motivo aqui é o tamanho desses atletas.

Por serem menores e mais magros, o centro de gravidade das crianças é naturalmente mais baixo, o que oferece uma vantagem decisiva para realizar manobras. A mesma regra se aplica à ginástica, outro esporte onde historicamente os atletas mais novos se destacam.

Além disso, os pés menores das crianças ajudam no equilíbrio do corpo. Mas isso é algo relativo, pois atletas mais altos contam com pés maiores e, em teoria, maior área de contato dos pés com as tábuas do skate.

O mais aceitável neste caso é que a massa corporal da criança está mais equilibrada com o tamanho dos pés. Some isso ao centro de gravidade mais baixo, e as chances de ver uma criança caindo após uma manobra diminuem consideravelmente.

Outros fatores que são fundamentais para explicar o sucesso das crianças no skate estão na coordenação motora e, neste caso, envolvendo olhos, mãos e pés, favorecendo assim na maior capacidade em processar as habilidades.

As crianças das novas gerações estão começando a treinar no skate cada vez mais cedo e, dessa forma, aprendem muito mais rápido, já que treinam sem perceber, assimilando tudo na base da diversão e da brincadeira.

 

 

 

Aprendendo sem pressão a ser corajoso e destemido

 

 

A cultura do skate faz com que as crianças se tornem naturalmente mais corajosas e destemidas desde muito cedo, e sem a pressão absurda que (por exemplo) as ginastas recebem.

No skate, as consequências de sucesso e fracasso são muito relativas, pois tais fatores não afetam na capacidade do atleta competir. Todo mundo sabe que existem outros campeonatos pela frente, a maioria está ali pela diversão e aquela atividade não é um emprego formal, e sim uma filosofia de vida.

Além disso, aprender a cair é a primeira coisa que essas crianças assimilam para praticar o skate que tanto amam. E esse pensamento acaba se incorporando de forma plena e natural na personalidade de cada atleta.

Dessa forma, cada competidor está disposto a assumir riscos para se dar bem em um campeonato, canalizando da forma correta essa capacidade de encarar desafios para alcançar objetivos.

Em resumo: Rayssa Leal é mentalmente mais forte que eu e você. E faz isso brincando e se divertindo no esporte que aprendeu a amar.

E eu acho isso simplesmente sensacional.

 

 

Via Daily Mail


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@oEduardoMoreira