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Moto G6, e sua difícil missão de ser o queridinho entre os smartphones de linha média

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Em um passado não muito distante, o Moto G era o rei entre os smartphones de linha média, conquistando os corações de muitos e sem danificar os seus bolsos em troca.

Mesmo competindo com a linha Google Nexus, o Moto G prevaleceu. Porém, hoje, o cenário é outro. A nova família Moto G6 não está em uma posição tão favorável que a que sustentava no passado.

A Motorola não está fazendo um trabalho rum, mas a concorrência está realizando um trabalho muito bom. É só olhar para o Huawei P20 Lite, por exemplo, e vemos como a Lenovo vai ter que suar para manter o Moto G com o prestígio do passado.

O LG Q6 Plus chama a atenção pela tela em formato 18:9, mais típico dos modelos top de linha. Parece ser ‘mais novo’ que a nova linha Moto G6, que com certeza evoluiu em relação à geração anterior, mas de forma bem mais discreta.

São designs que mais lembram smartphones do passado, com bordas superior e inferior que deixam os dispositivos mais volumosos que seus concorrentes.

Não dá para culpar a Motorola, já que ela está mantendo um design que funciona por anos. A prova disso é o calombo horroroso na câmera traseira, um clássico no nível do notch do iPhone X, com a diferença que ninguém quis copiar a proposta da Motorola, e (quase) todos copiaram a monocelha da Apple.

Algumas opções precisavam de mudanças. A Motorola não quis manter o leitor de digitais na parte frontal, mas os novos Huawei P20 Pro e Huawei P20 (modelos top de linha) contam com o tal leitor na frente, e com borda inferior mais reduzida.

As telas 18:9 oferecem mais espaço visual sim, mas não valem de muito se não reduz as bordas superior e inferior, elementos essenciais para as dimensões do produto. As telas 18:9 são sinônimo de telas quase sem bordas, mas no caso dos modelos Moto G6, isso não acontece.

Provavelmente, o que mais se destaca nesses novos smartphones da Motorola é o seu hardware, que se adaptam bem aos tempos atuais.

Estamos diante de smartphones que fazem concessões sim à potência do processador, mas nem tanto na RAM ou na capacidade de armazenamento.

Há um Moto G6 Plus com 6 GB de RAM e 64 GB de armazenamento (com slot micro SD) que é bem desejável para muita gente (eu, inclusive).

Nas câmeras, as melhoras parecem ser grandes. As primeiras impressões mostram que a Motorola deu passos adiante com esse dispositivo, onde o sistema de câmera dual do G6 Plus parece ser ainda mais potente, especialmente em locais com baixa luminosidade.

Nas demais especificações, é ótimo ver a porta de fones de ouvido 3.5 mm, mesmo perdendo a conectividade NFC. O desbloqueio por reconhecimento facial e recarga rápida são novidades interessantes e desejadas.

Porém, o problema volta a ser uma pequena palavra: concorrência.

A concorrência está fazendo tudo direito. Veja o Xiaomi Mi A1, que oferece um equilíbrio estupendo de relação custo-benefício, e recebendo recursos competentes e chamativos.

Outros modelos como o Xiaomi Redmi Note 5, Huawei P20 Lite, LG Q6 Plus, Nokia 6, BQ Aquaris X, Samsung Galaxy A8 e Sony Xperia XA2 que certamente vai deixar essa briga ainda mais acirrada.

E isso, porque só falei dos concorrentes diretos no segmento de linha média. Quando olhamos para a família Moto E, a coisa se complica ainda mais, já que os modelos vão enfrentar um nicho de mercado onde a prioridade é a melhor relação custo-benefício. E nem aqui temos um vencedor claro.

Irônico, não?

Houve um tempo em que era difícil encontrar um smartphone com boa relação custo-benefício. Hoje, é difícil fazer a escolha com tantas opções.

Tudo por causa da Motorola e do Moto G.

A batalha será bem interessante nos próximos meses.


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@oEduardoMoreira