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Música pop é tão viciante quanto álcool e cocaína!

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Quem sempre gostou de música pop já sabia disso há muito tempo. E sente os efeitos disso todos os dias.

Segundo a ciência, a música pop pode ser tão viciante quanto o álcool ou a cocaína porque, basicamente, suas harmonias ativam a mesma região cerebral de estímulo dessas duas substâncias proibidas.

E eu poderia terminar o assunto por aqui. Mas… não! Se eu não continuar, eu não tenho um artigo com, pelo menos, 500 palavras para o Google me enxergar.

 

 

 

Como foi feito o estudo?

Os efeitos da música pop no cérebro humano foram analisados com o apoio de imagens magnéticas e, ao mesmo tempo, executando a estimulação magnética transcraniana. Tudo isso é feito para estimular ainda mais o prazer no indivíduo durante a audição musical.

A audição é muito importante para o cérebro, pois ela estimula as suas áreas cerebrais de prazer e, como resposta, você tem uma recompensa, que é o prazer em si. E, por mais que o caminho para o prazer fosse diferente (neste caso, a música), o resultado viciante foi o mesmo.

Cocaína e álcool estimulam a produção da dopamina também através de uma via de recompensa. Outros tipos de drogas, comidas deliciosas, o sexo e, como mostra esse estudo, a música também produzem a dopamina.

Música de um modo geral entrega uma sensação de prazer para o ser humano. Mas o foco aqui é para a música pop, e quais são as recompensas que o cérebro pode oferecer ao ouvir tal gênero, e se ele pode levar ao vício.

Pode sim.

 

 

 

A região do cérebro estimulada

Os autores do estudo identificaram que a música pop estimula uma área específica do cérebro chamada mesencéfalo ou área tegmental ventral. Por sua vez, ela se estende até o núcleo accumbens, que é uma das áres de recompensa cerebral consideradas essenciais.

Além da recompensa, essa região é responsável por regular algumas das nossas emoções, onde a música se conecta com circuitos de recompensas com efeitos similares aos gerados pela comida ou dinheiro. Porém, só agora foi descoberto que a música pop pode repercutir diretamente nessa região cerebral.

 

 

 

A música pop como protagonista

Os voluntários do estudo precisavam gostar de música pop para participar dele, pois assim os estímulos do cérebro seriam mais reais. Desse modo, 17 voluntários foram selecionados de forma aleatória.

Enquanto os participantes escutavam música pop, suas atividades cerebrais eram medidas através de ressonância magnética funcional, observando as mudanças associadas com o fluxo sanguíneo.

A recompensa cerebral acontece quando uma ação que executamos resultam em algo que nossa mente está pedindo. Em um exemplo mais claro: estamos com fome > comemos uma lasanha deliciosa > sentimos uma sensação de prazer com o ótimo sabor.

Vícios vão se instalando no ser humano de forma progressiva, já que o cérebro é estimulado o tempo todo para sentir prazer. O que foi identificado é que a música pop conta com um conjunto de sons que, isolados, não contam com valor inerente. Porém, quando organizados, combinados e executados simultaneamente através de padrões, ela pode sim atuar como uma recompensa para o nosso cérebro com o passar do tempo.

 

 

 

Conclusão

Fãs de Lady Gaga ou de BTS, não se sintam culpados. A ciência acaba de explicar que vocês são viciados em música pop, e não tem nada de errado nisso. Pelo contrário: isso é considerado um vício saudável.

 

 

 

Via Daily Mail


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@oEduardoMoreira