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Nem pra dar gift card do Uber Eats a CrowdStrike presta

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A problemática atualização de software da CrowdStrike lançada na última sexta-feira (19) resultou em um apagão que afetou cerca de 8,5 milhões de dispositivos Windows, que ficaram inutilizáveis por algum tempo.

Foi uma horda de “tela azul da morte”, um erro crítico que impede o funcionamento normal dos sistemas operacionais, impactando diversas indústrias e serviços essenciais.

O problema é que a emenda está pior que o soneto neste caso. As desculpas de CrowdStrike não convencem muito, e a forma que a empresa tentou recompensar alguns dos seus clientes consegue ser patética e vergonhosa.

 

Como a CrowdStrike tentou remediar

Em resposta ao incidente, a CrowdStrike adotou uma postura de transparência, o que é o mínimo que se espera diante do tamanho do estrago.

A empresa comunicou de forma regular quais seriam as suas medidas para mitigar o problema, e o seu CEO, George Kurtz, fez um pedido de desculpas público, reconhecendo a gravidade da situação e o impacto negativo que teve sobre os usuários e parceiros.

Para expressar gratidão aos seus parceiros e contratados que ajudaram durante a crise, a CrowdStrike enviou cartões de presente de US$ 10 que poderiam ser utilizados no Uber Eats, serviço que saiu do Brasil porque o Uber tem medo de pagar direitos trabalhistas.

O diretor comercial da CrowdStrike, Daniel Bernard, reforçou que essa ação visava oferecer um pequeno conforto aos afetados…

…mas aconteceu exatamente o contrário.

 

CrowdStrike com dedo podre

Muitos usuários que receberam os gift cards relataram que os códigos dos cartões de presente não funcionavam, com mensagens de erro ao tentar resgatá-los.

Ou seja, no lugar do conforto prometido, veio a frustração, o que resultou em críticas diversas nas redes sociais. Usuários indignados manifestaram a sua insatisfação com a ineficácia da solução proposta pela empresa.

E gente com fome tende a ficar ainda mais irritada.

As redes sociais se tornaram um espaço para desabafos e ironias sobre a situação, pois desde sempre o Twitter foi o tribunal público para essas situações.

Os usuários criticaram a falta de seriedade da CrowdStrike ao oferecer uma solução que não apenas falhou, mas que também parecia trivial diante da gravidade do problema inicial.

E quando isso acontece, comentários sarcásticos são o mínimo que as empresas recebem, já que a internet é naturalmente debochada.

Ofensas, palavrões e ameaças são mais comuns diante do caos.

E temos aqui mais um motivo para que a CrowdStrike tenha o seu filme ainda mais queimado junto ao coletivo.

Os problemas técnicos da semana passada arranharam a reputação da empresa no mercado, e todo mundo fica com a clara impressão de que seus gestores não sabem lidar com esse tipo de situação.

A sequência de trapalhadas pode ter consequências a longo prazo, afetando a confiança de clientes e parceiros em seus serviços “especializados” de segurança cibernética.

E a pior parte de tudo isso é que a falha gerada pela CrowdStrike criou uma ótima oportunidade para os cibercriminosos, que começaram a disseminar malwares disfarçados de atualizações de segurança.

E por mais que a empresa se esforce, falta uma comunicação ainda mais clara e eficiente na crise, pois os usuários ainda podem se tornar vítimas de ataques cibernéticos em função do cenário estabelecido.

Se bem que… para muitos, o pior mesmo é não conseguir pedir comida de graça pelo Uber Eats. E nem julgo a insatisfação por isso.

 

Via Genbeta


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