Lá vamos nós de novo…
Eu vou tentar não ofender ninguém nesse post. Vou tentar não dizer o que você deve fazer com o seu dinheiro, muito menos chamar qualquer pessoa de imbecil. Eu passei dessa fase. Encontrei a evolução espiritual de não provar o meu ponto agredindo as pessoas, na tentativa que elas acordem. Hoje, eu entendo que cada um tem que acordar por si.
Dito isso, o Brasil mais uma vez volta a ostentar o amargo título de ter os iPhones mais caros do mundo. Se não é o mais caro, com certeza é um dos mais caros. E o surreal é constatar que tem gente no Brasil que, com certeza, vai pagar por esses valores.
iPhone XR de 64 GB, o menos caro em território brasileiro, custa nada menos que R$ 5.199. Levando em consideração que, pelo menos nos aspectos técnicos (e isso, em uma teoria com muita margem figurativa, já que não são exatamente modelos com o mesmo conceito) este modelo é o iPhone 9, a inflação aqui fez a festa: o preço inicial sugerido do iPhone 8 foi de R$ 3.999 em 2017, e já era inflacionado em relação ao iPhone 7.
O único efeito justificado para esse valor é impulsionar as vendas do iPhone 8 e até do iPhone 7, que contam com uma margem de lucro maior do que o iPhone XR, já que conta com um processo de fabricação diferente.
Os dois modelos que são a atualização direta do iPhone X, no caso o iPhone XS e iPhone XS Max ainda estão mais “alinhados” com a realidade e, mesmo assim, também refletem um aumento de valor. Se o iPhone X mais caro em 2017 custava mais de R$ 7 mil, o modelo mais barato dos novos iPhones de 2018 já ultrapassam essa barreira de preço com facilidade (R$ 7.299 e R$ 7.999 respectivamente, para as versões com 64 GB de armazenamento).
Agora… o iPhone XS Max com 512 GB de armazenamento…
Ah, Apple…
R$ 9.999 por um iPhone!
Não importa se tem 512 GB de armazenamento, que memória é cara, que tem margem de lucro ou derivados. Esse é o modelo que mais representa a filosofia da Apple no Brasil. Ou esse preço existe para não vender mesmo (já que lá fora esse iPhone custa R$ 5.400), ou ele existe para promover a ostentação descarada, já que tem sempre alguém disposto a pagar esse valor.
Tal iniciativa faz com que os preços dos smartphones top de linha e/ou premium no Brasil fiquem cada vez mais inflacionados, pois os demais fabricantes vão seguir o mesmo movimento de inflacionar os preços por aqui. Este é o tal “efeito Brasil” que a Apple consegue piorar.
Some isso tudo com a variação do dólar, e você tem esse cenário de caos.
São preços simplesmente ridículos. E preços que explicam por que as pessoas estão malucas pelo Xiaomi Pocophone F1.
É minha obrigação lembrar a você, que está lendo este post nesse momento, que não é preciso pagar R$ 10 mil para ter um ótimo smartphone para as suas principais atividades diárias. Nem mesmo para um uso específico ou profissional esses valores inflacionados se justificam.
Fica a dica. Mas… você faz com o seu dinheiro o que quiser. Não se esqueça disso também.