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Nokia 8 tem difícil caminho para o sucesso, pois não apresenta grandes diferenciais

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nokia 8

2017 marcou o ano da volta da Nokia ao mercado de telefonia móvel, depois do seu desaparecimento após passar pelas mãos da Microsoft. A nova Nokia, com a marca licenciada para a HMD Global, que conta com vários ex-funcionários da da Nokia original e da Microsoft, com dispositivos fabricados pela Foxconn, apresentou recentemente o promissor Nokia 8.

Muitos esperavam por um smartphone Nokia top de linha com sistema operacional Android. Muitos sonharam com isso por muito tempo, e agora contamos com um dispositivo que entrega muito do que esperávamos para esse tipo de produto. Mas… será que é o suficiente para se destacar da concorrência?

O Nokia 8 é um autêntico smartphone top de linha: Qualcomm Snapdragon 835, 4 GB de RAM, Android Puro, 64 GB de armazenamento, tela com resolução QHD, bateria com modo de recarga rápida, design elegante com materiais premium, câmera dual traseira com lentes ZEISS… o que mais poderíamos pedir?

O Nokia 8 (em teoria) tem tudo para competir com os principais modelos top de linha de 2017. Talvez poderia ir além se tivesse arriscado nos 6 GB de RAM, mas o que entregou está de bom tamanho.

 

 

As câmeras do Nokia 8 podem ser um diferencial a favor do dispositivo, já que a empresa recupera sua parceria com a ZEISS em um sensor duplo que promete ser de alta qualidade, além de recursos de software que tornam o seu uso mais atraente para os usuários casuais.

Porém… ainda falta alguma coisa.

Onde o Nokia 8 poderia ser melhor? O que faria com que o modelo se destacasse dos demais, se tornando uma referência para os fãs do Android?

Pois é. Não encontramos um diferencial típico de um top de linha no Nokia 8.

Ah, sim… tem o efeito boothie (transmitir vídeo com as câmeras traseira e frontal simultaneamente)… mas… só isso. Não há outro diferencial relevante no dispositivo.

Por mais que o modelo receba um alumínio série 6000 e corpo com acabamento muito detalhado, a tendência de design é a tela sem bordas, algo que o Nokia 8 não tem. E isso não é um capricho: smartphones com tela full contam com dimensões menores, sendo mais cômodos para o agarre e transporte.

 

 

Logo, a volta da Nokia para disputar nas cabeças do mercado tem sabor agridoce. O Nokia 8 é muito promissor, mas é insuficiente para conquistar as massas para ser um supercampeão de vendas.

Insisto que a estratégia de distribuição do produto será algo fundamental para determinar o sucesso do mesmo. Seu preço de US$ 599 é muito atraente, mas se chegar tarde demais em mercados pontuais, concorrentes de peso como o Galaxy S8 e o LG G6 já podem estar nesse valor.

Entregando mais que o Nokia 8.


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@oEduardoMoreira