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Nokia 9 PureView: o olho de olho de aracnídeo desatualizado

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O Nokia 9 PureView, tão especulado (desde 2017 falamos nele nos blogs e nas redes sociais) e vazado, finalmente é uma realidade. O principal destaque do dispositivo é o seu sistema de cinco câmeras traseiras que, vou confessar para vocês, me dá arrepios quando olho para algo tão estranho. Porém, por mais que eu ame a nova fase da Nokia, esse é um dispositivo que já chega ao mundo desatualizado.

Não posso falar muito da HMD Global. No meu entendimento, ela está mais acertando do que errando com os smartphones da Nokia. São dispositivos que contam com o DNA da Nokia original (ou pelo menos os dispositivos que os velhos finlandeses lançariam seriam mais ou menos parecidos com esses que chegaram ao mundo), entrega atualizações do Android rapidamente, e os dispositivos continuam entregando uma boa relação custo/benefício.

Porém, nem mesmo a desculpa das cinco câmeras faz com que eu me esqueça que o Nokia 9 PureView chegou ao mundo com o Snapdragon 845. OK, ele vem com um co-processador para trabalhar com essa câmera com cinco sensores. Mesmo assim, não justifica muito a escolha do chip principal.

Em pleno 2019, a Nokia deixou de lado o Snapdragon 855, mais potente e teoricamente capaz de trabalhar com as cinco lentes. Entendo que o processador mais novo da Qualcomm agregaria valor ao dispositivo, que poderia entregar uma relação custo/benefício ainda melhor.

 

 

Eu esperava um pouco mais, Nokia…

 

Não me entenda mal. Eu não estou aqui afirmando que o Snapdragon 845 é ruim. Pelo contrário. Esse processador terá pelo menos mais dois anos de vida útil nos dispositivos que já estão no mercado com ele. Porém, é inevitável perceber que a Qualcomm decidiu seguir em frente, e que o Snapdragon 855 é uma realidade.

A Nokia ganharia pontos ao oferecer o novo processador Snapdragon 855 em um dispositivo com esse sensor traseiro no estilo ‘olho de aracnídeo’, com toda a tecnologia fotográfica e custando os mesmos US$ 699 anunciados. Seria um belo pulo do gato que a HMD Global daria na concorrência.

Mas… não! Apostaram no Snapdragon 845 e no Android One pensando na melhor relação custo/benefício. E não estou falando de desempenho aqui também, pois eu insisto que esse chip ainda pode render muito.

Enfim, coisas da vida. Não podemos culpar a Nokia por tentar. Mas perderam a chance de fazer ainda melhor.

 


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@oEduardoMoreira