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Nove anos sem Steve Jobs

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Puxa vida, já se passaram nove anos…

Eu me lembro onde eu estava quando isso aconteceu.

Eu ainda estava casado com a Dalva, e estava no supermercado, fazendo as compras do mês. Decidi ir sozinho, porque naquela época eu não tinha carro (não tenho até hoje, e dependo do Uber e da boa vontade das pessoas para me darem carona), e eu acreditava que carregar um carrinho de compras pesado era mais fácil quando você está sozinho.

Um erro estúpido, reconheço.

Do nada, meu smartphone começou a apitar de forma enlouquecida, com várias notificações de mensagens recebidas. Achei que alguma coisa mais séria com a Dalva estava acontecendo.

Larguei tudo para ver o que era.

E era algo igualmente sério: a morte de Steve Jobs.

 

 

 

Eu não quis acreditar

 

 

É incrível como o primeiro pensamento que vem na nossa mente é justamente o sentimento de negação. Talvez porque ninguém quis acreditar na morte de Michael Jackson dois anos antes (ainda mais porque esse acontecimento foi noticiado primeiro pelo TMZ), e estava todo mundo meio traumatizado, com um pé atrás.

Enquanto voltava para casa tentando correr enquanto arrastava de forma desajeitada um carrinho de compras lotado com a mão esquerda, a mão direita procurava por mais informações sobre a notícia que estava me deixando atônito. Liguei para a Dalva porque eu precisava conversar sobre isso com alguém, mas estava esbaforido demais para falar sobre qualquer coisa.

Preferi chegar em casa logo, deixar as compras na mesa e ir para a frente do computador para entender melhor o que estava acontecendo.

Foi quando me deparei com o site da Apple, prestando a sua homenagem por aquele que revolucionou o mundo da tecnologia de forma singular, mudando os padrões de vários segmentos de mercado e redefinindo o consumo de gadgets e dispositivos tech para sempre.

Confesso que peguei muito no pé dos Apple Fanboys e do próprio Steve Jobs, por conta de sua personalidade difícil e absurda tendência em estabelecer o eterno “campo de distorção da realidade”. Porém, não posso negar o quanto ele influenciou a todos nós.

Eu mesmo decidi começar a escrever sobre tecnologia na internet depois que vi o lançamento do primeiro iPhone em 2007, pois achei aquela apresentação incrível. Antes, eu queria o MacBook e o iMac coloridos, queria o iPod e cogitei ficar apenas com o iPhone quando tive a chance de ter um smartphone da Apple e o Samsung Galaxy S2, os dois tops de linha da época.

Hoje, se tenho como profissão ser produtor de conteúdo de tecnologia, é por causa de Steve Jobs (também). Logo, só me resta agradecer por tudo o que ele fez por mim e por muitos apaixonados por tecnologia ao redor do mundo.

 

 

 

Não escrevi nada naquela época

 

Eu não publiquei uma linha sobre a morte do Steve Jobs em 2011 no TargetHD.net. O máximo que fiz foi colocar um link na homepage que redirecionava para a página de tributo que a Apple preparou. Meu sentimento de negação me impediu de escrever aquela que era uma das notícias mais tristes e surpreendentes que testemunhei no mundo da tecnologia.

Porém, nove anos depois de sua morte, me permito a deixar o registro sobre o genial Steve Jobs. Muito provavelmente a sua influência no mundo da tecnologia será eterna, e suas visões serão apresentadas de tempos em tempos, em futuros produtos e conceitos.

Tá, ele talvez se revoltaria com as decisões recentes que a Apple tomou. Mas é preciso entender que tudo nesse mundo precisa evoluir. E não sabemos o que ele teria apresentado nos últimos nove anos.

De qualquer forma, Steve Jobs faz falta. Isso é indiscutível.


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@oEduardoMoreira