Press "Enter" to skip to content
Início » Smartphones » O cemitério dos sistemas operacionais móveis

O cemitério dos sistemas operacionais móveis

Compartilhe

O mundo da tecnologia tem os seus cadáveres. Dispositivos, aplicativos, sistemas operacionais… a evolução vertiginosa faz com que nem todos aguentem essa velocidade. É a lei da vida e da tecnologia.

E tecnologia não tem piedade.

O mundo mobile hoje é dominado pelo Android e iOS, mas em um passado não muito distante, outras plataformas competiam nesse mercado. O Windwos Mobile foi a última lápide cravada pela dupla onipresente, e nesse post, vamos revisar os sistemas operacionais móveis que os sistemas da Apple e Google ajudaram a enterrar (ou jogaram a última pá de cal, ou jogaram sete punhados de terra em cima do caixão).

 

 

PalmOS (1992-2007)

 

 

A primeira grande morte de um sistema operacional, que aconteceu antes mesmo do iOS chegar, mas por não se adaptar aos novos tempos, sucumbiu.

O PalmOS dominou os dispositivos dos descolados, executivos, ou pessoas que entendiam que precisam ter um organizador pessoal eletrônico para a sua vida funcionar. Eu fui uma dessas pessoas. Eu adorava o Palm. Tive vários modelos da linha.

Ir para a HP não ajudou, e nas mãos da TCL só sobrou a marca Palm mesmo. Do sistema operacional, não há mais registros. Infelizmente.

 

 

Maemo (2005-2010)

 

 

Apostar tudo no Symbian trouxe consequências drásticas para a Nokia. Quando os finlandeses acordaram para a realidade, já era meio tarde. Levar cinco anos desenvolvendo o Maemo foi o grande erro. Sem falar no mico que foi o Nokia N900 (eu estava nesse evento de lançamento, e critiquei o produto na época).

Do Maemo, veio o MeeGo, que também teve vida curta. A parceria entre Nokia e Intel nasceu em fevereiro de 2010, mas morreu já em 2011, em uma das maiores trapalhadas tecnológicas da história.

 

 

Bada e Symbian Bada (2010-2012)

 

 

A Samsung apresentou o Bada em 2010, e o sistema tentou sobreviver diante da mudança de paradigma oferecida pelo iOS e Android. Já a morte do Symbian marcou o fim da vida do primeiro grande sistema operacional antes da era do duopólio.

A Samsung sempre considerou o Bada uma plataforma de desenvolvimento, mas acabou abandonado, para dar prioridade para um Tizen muito mais promissor. O mesmo aconteceu com o Symbian, que a Nokia deixou de lado depois de anos de fidelidade para apoiar o Maemo e o MeeGo.

Para depois abraçar o Windows de vez.

 

 

WebOS (2013)

 

 

Esse aqui não morreu. Virou outra coisa. O que é correto dizer é que ele desapareceu do mundo dos smartphones.

O sistema nasceu pelas mãos da Palm, que foi comprada pela HP, que por sua vez passou para as mãos da LG, que decidiu integrar o software nas suas Smart TVs. Algo que deu certo para os coreanos.

 

 

Firefox OS (2013-2016)

 

 

Na verdade, não foi bem em 2016, mas sim em 2017. O Firefox Os até contava com o apoio de vários fabricantes e operadoras, mas nem a Canonical sobre trabalhar direito com o software.

Prometeu demais, mas cumpriu de menos. Se mostrou como alternativa interessante ao iOS e Android, com aplicativos baseados em HTML5. Porém, a falta de interesse dos desenvolvedores matou o sistema rapidamente, com o último tiro a saída do suporte do WhatsApp.

 

 

Windows para smartphones (2000-2017)

 

 

O último falecido, que hoje conta com menos de 1% do mercado global de smartphones. O que mais dói aqui é que o Windows Phone funcionava muito bem.

O primeiro Windows Mobile era muito ruim, mas a Microsoft melhorou bem o seu software na era Windows Phone, e o Windows 10 Mobile tinha tudo para expandir a experiência de usuário para uma proposta universal e unificada.

A morte do Windows para smartphones é a prova que iOS e Android ditam as regras. Mas os erros que a Microsoft cometeu (erros no desenvolvimento, abandonos de dispositivos nas atualizações, falta de apoios dos fabricantes) resultou na morte do sistema, que em 17 anjos jamais chegou a ameaçar o duopólio.

 

Hoje, temos outros fortes candidatos a aumentar esse cemitério. O Ubuntu Phone já respira por aparelhos. O Sailfish avança sem sucesso, e o Tizen só sobrevive porque a Samsung o direciona para outros formatos.

Provavelmente vamos nos despedir de pelo menos um desses sistemas operacionais citados no parágrafo anterior a médio prazo, mas dificilmente nos lembraremos deles com saudades.

Carisma não é suficiente para se manter vivo no mercado de smartphones. Fato.


Compartilhe
@oEduardoMoreira