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O contraste entre os pilotos da Williams após Suzuka

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O Grande Prêmio do Japão de 2025 em Suzuka revelou realidades opostas para os pilotos da Williams. Enquanto Alex Albon conquistou valiosos pontos com sua nona colocação, Carlos Sainz, ainda em processo de adaptação à escuderia britânica, não conseguiu avançar além do 14º lugar no circuito japonês.

Bem sabemos que mudar de equipe exige um tempo de adaptação para qualquer piloto. Mas o que acontece com o Sainz neste momento é quase um processo de desaparecimento, pois o piloto se transformou em um ser invisível nas três primeiras corridas do campeonato.

O apagamento de Sainz é tão grande, que Albon está se destacando mais do que o normal neste início de campeonato. E com méritos próprios (ele não tem nada a ver com os problemas de Carlos).

 

Albon pontua, apesar das dificuldades técnicas

O piloto tailandês demonstrou resiliência notável durante o GP do Japão. Mesmo enfrentando problemas na mudança de marcha nos estágios iniciais e questionando decisões estratégicas da equipe, Albon manteve sua posição de largada, garantindo pontos preciosos para a Williams.

“Estivemos experimentando configurações durante todo o fim de semana e acreditávamos ter encontrado o ajuste ideal”, comentou Albon após a corrida. “Curiosamente, me senti muito mais confortável na classificação do que na prova propriamente dita.”

As condições climáticas representaram desafio adicional para o piloto. “Na sexta-feira, o vento favorecia nossa configuração, mas hoje enfrentamos condições completamente diferentes”, explicou. “Mesmo assim, conquistamos pontos, o que demonstra nossa capacidade de pontuar mesmo em dias difíceis. Por isso, estou extremamente satisfeito.”

O desempenho consistente de Albon o posiciona como líder do pelotão intermediário no Campeonato de Pilotos, ocupando a sétima posição com 18 pontos. O tailandês supera Lewis Hamilton e está apenas dois pontos atrás de Charles Leclerc, da Ferrari.

 

Sainz, e o processo de adaptação à Williams

Para Carlos Sainz, o cenário foi significativamente mais desafiador. Com apenas um ponto conquistado na temporada, obtido após desclassificações no GP da China, o espanhol ainda busca encontrar seu ritmo ideal com o novo carro.

A penalidade recebida por impedir outro competidor durante a classificação comprometeu sua estratégia, forçando-o a largar da 15ª posição. Apesar de adotar uma abordagem diferenciada, com stint prolongado nos pneus médios antes de migrar para os compostos macios no final da prova, Sainz não conseguiu avançar para a zona de pontuação.

“Como prevíamos, foi uma corrida complicada após um sábado custoso, com detalhes na classificação que precisamos aprimorar”, reconheceu o piloto. “O aspecto positivo é que o ritmo estava presente. Senti-me confortável com o carro, executei algumas ultrapassagens eficientes e adquiri conhecimento valioso sobre a pista.”

 

Perspectivas futuras para a dupla da Williams

Sainz estabeleceu um cronograma realista para sua adaptação completa ao novo equipamento. “Estou concedendo a mim mesmo o primeiro trimestre da temporada para familiarização total com o carro”, explicou, projetando melhoria nos resultados após o GP de Miami. Até lá, terá competido em diversos circuitos sob diferentes condições.

A equipe Williams trabalha contra o tempo. Em um meio de grid extremamente competitivo, cada ponto conquistado representa valor inestimável para suas ambições no Campeonato de Construtores deste ano.

A performance contrastante de seus pilotos no Japão ilustra perfeitamente o momento da equipe: enquanto Albon proporciona estabilidade e pontos regulares, Sainz representa potencial ainda não completamente explorado.

Para a histórica escuderia britânica, equilibrar essas realidades será fundamental para maximizar suas chances na atual temporada.

 

Via Formula1.com


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