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O fim do Driveclub expõe os problemas de um futuro apenas online e digital para os games

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Driveclub, conhecido jogo simulador de carros para o PS4, deixará de existir em agosto de 2019. A Sony decidiu retirar os servidores multiplayer, o conteúdo via download e a versão de realidade virtual na PSN.

Não é a primeira decisão desse tipo no mundo dos videogames, e só aquece o debate sobre um futuro onde o mercado só vai apostar no digital. A dependência do serviço será tamanha, que no futuro não há o que ser feito. E, de novo, não sei se os gamers querem isso.

 

 

Um fim inesperado e criticado

 

A Sony fez o mesmo com Gravity Rush e outros três jogos em 2018. A Microsoft fez a mesma coisa com o Xbox Fitness com Kinect. Agora, é o Driveclub que chega ao fim, que nunca teve vendas espetaculares e teve o seu estúdio desenvolvedor, o Evolution Studios, fechar as portas em 2016. Os servidores deixarão de estar disponíveis em 31 de março de 2020.

Ainda será possível jogar Driveclub em modo offline, o que ainda permite aos fãs do game aproveitar do mesmo, mas sem contar com conteúdos disponíveis via download. Também não será possível competir com outros jogadores, criar eventos ou competir e compartilhar estatísticas e progressos com outros jogadores. O jogo e seus conteúdos deixam de ser vendidos em 31 de agosto de 2019.

A decisão sobre Driveclub lembra mais uma vez que existem claras desvantagens no modo ‘apenas digital’, ou do modo online como protagonista da experiência de jogo. Se o desenvolvedor ou plataforma decidir abandonar o jogo, você não pode fazer nada.

 

 

O debate lembra a filosofia de empresas como a Nintendo, que brigou contra mundo da emulação para manter o controle de seu catálogo, mesmo que alguns jogos lendários acabem desaparecendo, ou com riscos de processos legais por jogar com um emulador quando não existe uma forma oficial de rodar esses jogos.

O futuro do jogo na nuvem e de modos com downloads digitais resulta em uma série de situações similares, onde os jogadores ficam expostos às decisões das empresas que criam e desenvolvem jogos.

Veja o caso do Google Reader, que o Google ‘desligou’ da noite para o dia porque não via mais sentido no RSS. Felizmente, outras alternativas apareceram para mostrar o contrário. Mas medidas unilaterais podem expor os fãs de videogames ao efeito do estalo de Thanos com alguns do seus jogos favoritos, sem que eles possam fazer muito para evitar o contrário.

E eu realmente não sei se a comunidade gaming quer viver em um futuro assim.


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@oEduardoMoreira