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O HarmonyOS pode se tornar o “novo Android” no futuro?

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Viu o que Donald Trump fez?

E eu não estou falando de golpe de estado que ele tentou dar ontem. Falo da força que deu para a Xiaomi desenvolver o seu próprio sistema operacional, o HarmonyOS e, por causa disso, abre-se a possibilidade de mais um sistema operacional ocupar um espaço importante dentro do mercado de mobilidade.

Não que a Huawei não estivesse pensando em se livrar do Android by Google. Porém, o bloqueio nos Estados Unidos acelerou o processo.

Agora, a Huawei está oferecendo o HarmonyOS para outros competidores que podem vir a ter os mesmos problemas que ela teve no território norte-americano, e isso pode resultar em mudanças importantes no mercado de mobilidade a médio e longo prazo.

Porém… será que a Huawei é capaz de fazer do HarmonyOS uma potência de mercado?

 

 

 

Não ser um sistema operacional exclusivo é o primeiro passo

 

A Huawei já decidiu: o HarmonyOS não será exclusivo dos seus smartphones. E essa é uma decisão importante, que tem seus ônus e bônus.

A ideia da empresa é oferecer o seu sistema operacional para as marcas irmãs asiáticas que eventualmente enfrentarem os mesmos problemas de bloqueio comercial que a própria Huawei enfrentou recentemente.

Não imagino que isso possa acontecer tão cedo, ainda mais agora que Donald Trump está saindo do governo. Mas… “vai que”, não é mesmo?

Outro motivo para não ter a exclusividade é oferecer uma alternativa ao Android by Google sustentável, principalmente para o mercado asiático. É claro que os mercados da Europa e das Américas são importantes para esse grupo de fabricantes, mas Xiaomi, OPPO, Vivo, Realme e outras dão muita prioridade para o mercado doméstico, e todo mundo sabe disso.

Ou seja, de boba, a Huawei não tem nada, e sabe que pode capitalizar em cima dos próprios problemas.

Porém, é difícil saber se o HarmonyOS tem todo esse músculo para atender aos demais fabricantes asiáticos.

 

 

 

Precisa de apps para sustentar tudo isso

 

O HarmonyOS deve contar com um ecossistema de aplicativos robusto para atender bem a demanda de usuários. Caso contrário, jamais será uma alternativa viável ao Android.

Obviamente, a Huawei pode fechar os seus acordos com lojas alternativas de aplicativos, tal e como outros fabricantes asiáticos fizeram em um passado não muito distante.

Além disso, vai depender também do tal “poder de convencimento” com as demais marcas, que já contam com suas próprias propostas de interface de usuário, mas que ainda estão vinculadas aos serviços do Google de alguma forma.

O tempo vai dizer se Trump transformou sem querer a Huawei em uma potência dentro dos sistemas operacionais móveis. Por enquanto, vamos acompanhar de perto como o mercado se movimenta.

Mas fique de olho no HarmonyOS. Ele pode fazer um bom barulho em 2021.


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@oEduardoMoreira