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O mundo ainda tem espaço para os videogames portáteis?

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A Sony anunciou hoje (09) no Japão uma nova versão do seu PlayStation Vita (2013), além de apresentar o PS Vita TV, que permite a interação do conteúdo do console portátil com um pequeno console conectado à TV, tal como o Chromecast pode fazer por você. Por incrível que pareça, o PS Vita TV me soa mais interessante do que um novo console portátil. E não falo isso por ser da Sony. Na semana retrasada, a Nintendo apresentou o questionável Nintendo 2DS, e eu me pergunto se realmente o mundo ainda tem espaço para os videogames portáteis.

Eu gosto da ideia de um produto dedicado para uma finalidade em específico. É muito melhor do que gastar uma boa grana comprando um smartphone “pato” (que nada, anda, voa, mas não faz nenhuma dessas coisas direito). Porém, não olho apenas para o meu umbigo. Mesmo eu entendendo que smartphones não foram feitos para jogar, eu não posso ignorar o fato que esses mesmos smartphones são hoje potentes a ponto de rodar a imensa maioria dos títulos disponíveis com perfeição.

Com GPUs poderosas, processadores com quarto (ou oito núcleos), telas com altíssima resolução e com os sistemas Android e iOS em um ponto de maturidade satisfatório, os smartphones gradualmente ocuparam o lugar dos consoles domésticos na preferência de muitos gamers de dispositivos móveis. Até porque para muita gente faz muito mais sentido levar apenas um gadget no bolso do que dois ou três.

Sem falar em um fator muito importante: o preço. Os jogos para as plataformas móveis são consideravelmente mais baratos do que os títulos para os consoles portáteis, e isso já faz uma grande diferença. Hoje, a categoria de jogos é a mais rentável nas vendas da Apple App Store e na Google Play Store, mostrando que os usuários estão dispostos a pagar por esses jogos.

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Sim, eu sei. Jogar em um videogame portátil é uma experiência diferente, e os gamers convictos muito provavelmente vão preferir investir no produto dedicado. Porém, em muitos mercados considerados essenciais, os consoles portáteis estão em pleno declínio de vendas. Ok, o Nintendo 3DS se posiciona como o mais vendido console do momento, mas isso em mercados muito específicos, como é o japonês.

Me pergunto se ainda temos mercado para um gadget que, de forma invariável, sai mais caro do que adquirir um smartphone de ponta e enchê-lo de jogos (mesmo entendendo que um smartphone não pode ser só para isso… mas como o produto é seu, você usa ele como você quiser – quem sou eu para julgar).

O tempo vai dizer se o novo PS Vita 2013 e se o Nintendo 2DS serão os símbolos da recuperação de um mercado em decadência, ou se serão o símbolo do final da trajetória dos consoles portáteis no mercado de tecnologia de consumo.


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@oEduardoMoreira