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O São Paulo está pronto para a Libertadores 2025?

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O início da temporada 2025 apresenta um São Paulo Futebol Clube em constante questionamento. A estreia no Campeonato Brasileiro contra o Sport, selada com um empate sem gols no Morumbi, acendeu novamente o alerta entre torcedores e analistas. O desempenho de jogadores-chave como Jonathan Calleri, que desperdiçou um pênalti crucial, e Luciano, cujo rendimento tem sido alvo de críticas, revelam fragilidades que preocupam às vésperas da Libertadores.

A gestão de Luis Zubeldía no comando técnico tricolor divide opiniões. O treinador argentino, que garantiu a classificação do clube para a competição continental, enfrenta crescente pressão pela falta de consistência tática e, principalmente, por decisões controversas nas substituições.

Durante o embate contra o Sport, Zubeldía optou por inserir um jogador pedido pela torcida apenas nos acréscimos, quando surgiu uma oportunidade inesperada após um incidente em campo, provocando reações negativas nas arquibancadas.

 

Zubeldía: permanecer ou substituir?

O timing para uma possível mudança no comando técnico é questionável. A proximidade com o início da Libertadores torna arriscada qualquer alteração estrutural. Uma troca de treinador neste momento poderia resultar em instabilidade semelhante à experimentada pela Seleção Brasileira em seus recentes ciclos de trabalho, caracterizados por constantes mudanças e ausência de identidade tática.

O tricolor paulista não demonstrou, até o momento, uma inconsistência catastrófica que justifique uma decisão drástica. A equipe apresenta lampejos de competitividade, criando oportunidades ofensivas, mesmo que a eficiência na finalização ainda deixe a desejar. A visão apocalíptica defendida por parte da torcida parece prematura, especialmente considerando as dificuldades enfrentadas por outros grandes clubes na rodada inaugural do Brasileirão.

 

A torcida como protagonista

Um ponto positivo incontestável é a presença massiva do torcedor são-paulino nas arquibancadas. O estádio lotado na primeira rodada do Brasileirão reflete o compromisso da terceira maior torcida em público do último campeonato, superada apenas por Corinthians e Flamengo. Este apoio incondicional representa uma vantagem competitiva que não pode ser subestimada para a campanha continental.

 

O elenco tricolor na Libertadores

A grande questão que assombra o torcedor são-paulino transcende o resultado pontual contra o Sport: o São Paulo possui um elenco competitivo para a Libertadores? Não se trata apenas de ter jogadores para compor o banco, mas sim de apresentar uma equipe capaz de superar com consistência a fase de grupos e enfrentar os mata-matas com chances reais de avançar além das oitavas de final.

A definição de um time-base e de um padrão de jogo identificável é fundamental para qualquer pretensão na competição continental. A constância nas escalações e nas propostas táticas poderia ser o diferencial entre uma participação protocolar e uma campanha memorável.

 

Perspectivas para 2025

O Campeonato Brasileiro é uma maratona que apenas começou. Os primeiros tropeços, embora preocupantes, não determinam o destino de uma temporada inteira. A perda de pontos como mandante é sempre negativa, mas outros candidatos ao título também enfrentaram dificuldades em suas estreias.

As próximas partidas da Libertadores servirão como termômetro mais preciso do potencial tricolor em 2025. A exibição contra adversários internacionais revelará se o empate doméstico foi apenas um acidente de percurso ou sintoma de problemas estruturais mais profundos.

O momento exige cautela nas avaliações e decisões. Nem ufanismo cego nem pessimismo exacerbado contribuem para uma análise equilibrada. O São Paulo demonstra traços de competitividade que, se desenvolvidos adequadamente, podem resultar em campanhas mais consistentes tanto nacionalmente quanto na Libertadores.

O torcedor são-paulino, sempre exigente e apaixonado, terá que exercitar a paciência – virtude rara no futebol contemporâneo – enquanto acompanha os primeiros passos do clube na competição continental.

Os próximos jogos definirão se o tricolor paulista está realmente preparado para os desafios de 2025 ou se mudanças mais profundas serão necessárias para evitar uma temporada de frustrações.


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