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O Switch 2 viu a luz, e muitos fãs da Nintendo também…

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A Nintendo finalmente revelou o Switch 2, e a internet explodiu.

Especulações, teorias, piadas, memes, reclamações dos recalcados e até fanarts de um Mario confuso segurando o novo console como se fosse o bebê Simba.

“Por que chamar de Switch 2? Que falta de criatividade!”, disseram os críticos de sofá. Do outro lado das telas dos smartphones, os fãs devotos da Nintendo respondiam berrando “Cala a tua boca, seu estúpido! É a Nintendo, ela sabe o que faz!”

Mas o que realmente causou um curto-circuito coletivo nos neurônios foi o conjunto de novidades reveladas.

São poucas. É um “mais do mesmo”. Mas não precisava mais do que isso.

 

Melhorias pontuais, mas importantes

Primeiro, os Joy-Cons presos à tela com ímãs.

Conector magnético nos controles.

Nunca um pedaço de metal com propriedades mágicas causou tanto alvoroço desde o advento do clipe de papel. “É como magia, mas é só ciência!”, alguém exclamou no Twitter (ou X, dependendo de qual era o nome na semana).

As pessoas imaginavam todas as possibilidades que esses controles podem oferecer a partir de agora: prender Joy-Cons na geladeira, no cachorro, ou até no vizinho, caso ele ficasse muito tempo parado.

Jogar os games no Nintendo Switch 2 que é bom, nada. Porque os jogos do Switch são muito caros. E é meio bizarro isso: o Switch original ficou relativamente barato, mas os jogos ainda obrigam o mero mortal e traficar substâncias ilícitas em Belford Roxo.

Claro, a Nintendo provavelmente não recomendaria nenhum uso alternativo sugerido pelos usuários das redes sociais.

Mas… quem disse que os gamers seguem regras?

Agora, temos uma tela bem maior, que foi recebida com uma mistura de entusiasmo, ansiedade e vários questionamentos.

“Maior que a versão LCD? Mas quão maior? Será uma tela OLED? Vai finalmente ter resolução 4K? Vai caber na mochila?”

“Quem se importa com mochilas? Agora dá para ver os pixels da espinha do Bowser em 4K!”

Prioridades, meu povo. Não julgo essas pessoas.

Já os designers estavam ocupados admirando a tela que agora “atinge as bordas do corpo do console”. É um detalhe que só os mais meticulosos ligariam, mas, convenhamos, é um console híbrido bonito pra caramba.

E até por isso a Nintendo não tinha motivos para arriscar no seu design.

O Nintendo Switch é um dos consoles mais vendidos da história, com 146 milhões de unidades distribuídas. Logo, por que mudar em algo que está dando certo?

Porque as pessoas sempre querem mudanças e inovações que, em alguns casos, não são necessárias.

 

Se não mudou, por que mudou?

O design foi uma conversa à parte após a apresentação do produto, que durou pouco mais de dois minutos, mas mostrou muitas coisas.

O Nintendo Switch 2 é mais arredondado, elegante, e com cores características apenas nas bordas dos Joy-Cons e base interna dos controles, na área dos novos conectores magnéticos. É o minimalismo com um toque de Nintendo.

Alguns disseram que o novo console parecia um tablet de luxo. Já outros, que parecia um gadget de ficção científica.

Mas todos concordaram em uma coisa: “Finalmente um console que não parece um controle remoto perdido no sofá.”

Esse povo fica fazendo bullying com o Nintendo Wii, mas não sabe o que foi vier aquela época…

Outro ponto que deixou todos coçando a cabeça foi o tal sistema na parte traseira que permite que o console fique horizontal.

A internet, é claro, já apelidou o recurso de “suporte que deveria ter existido desde o começo”. Afinal, o primeiro Switch tinha aquele apoio frágil que parecia prestes a se desintegrar a qualquer momento.

E é inacreditável que uma empresa do porte da Nintendo coloque componentes que mais parece que foram fabricados pela Multi ou pela Positivo Tecnologia.

(estou brincando, Multi e Positivo… voltem a apoiar os meus blogs)

Agora, os fãs de Super Smash Bros. podem respirar aliviados enquanto jogam em qualquer superfície plana, sem medo de que um movimento mais brusco derrube o console.

Como várias coisas sobre o produto não foram detalhadas, mais dúvidas foram colocadas na cabeça já muito perturbada dos fãs da Nintendo.

Aquele botão misterioso no contole, cuja função ainda não está clara, já gerou milhares de teorias na internet. “É para ativar o modo de realidade virtual!” disse um. “Não, é um botão para fazer o console levitar,” brincou outro.

No fim, talvez seja apenas o botão para ligar o modo de mouse do controle, mas isso não impede a internet de sonhar.

 

A Nintendo mandou bem na apresentação

Enquanto tudo isso acontecia nas redes sociais, o trailer oficial foi um espetáculo por si só, por causa da sua simplicidade e minimalismo.

Pensa nisso: um Switch original se transforma lentamente em um Switch 2, como uma evolução Pokémon. E no fundo, uma trilha sonora que faz você se perguntar se está assistindo a um anúncio de console ou ao teaser de um filme da Marvel.

Tá, eu estou exagerando, obviamente. Mas foi um golpe de mestre da Nintendo, que conseguiu mostrar a evolução de um produto sem exageros, apostando na fórmula do “vamos fazer o básico” como sinônimo de sucesso.

Teve até Mario Kart novo já garantido para o Switch 2, só para dar aquele gás nas vendas iniciais do produto. Os fãs da Nintendo são devotos desse jogo, e pelos motivos certos.

Agora… o que realmente conquistou o coração dos fãs da Nintendo na apresentação do Switch 2 foi mesmo a retrocompatibilidade.

Sim, o Switch 2 roda os jogos do Switch original, e isso foi um soco no estômago dos mais críticos e céticos.

Afinal, quem não quer continuar jogando Tears of the Kingdom enquanto espera o próximo grande lançamento da saga Zelda?

E ninguém gostaria de ser obrigado a abandonar seus jogos antigos, ou manter o Switch original apenas porque o Switch 2 era um enjoadinho que não rodava os jogos já lançados.

A Nintendo, com seu jeitinho, lembrou para todo mundo (principalmente para a Sony) de que é possível inovar sem esquecer o passado.

E honrando o dinheiro gasto em jogos pelos seus clientes.

E assim, com a sutileza de um golpe de martelo do Thor na cabeça dos rivais, o Switch 2 chegou para nos lembrar que, às vezes, o progresso não precisa ser revolucionário.

Pode ser apenas um mais do mesmo com Joy-Cons magnéticos.

E muitos ficaram felizes com isso.


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