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O trabalho remoto e ensino à distância chegaram para ficar?

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Estamos vivendo um novo normal.

O mundo está invertido para muita gente, e só agora algumas pessoas começaram a entender a complexa trama de Stranger Things. E é fundamental que as pessoas compreendam o mais rápido possível que o antigo normal, aquele que era comum a todos, simplesmente não existe mais.

No meio de tantas mudanças, dois grandes grupos de pessoas tiveram suas vidas sensivelmente afetadas por conta da drástica mudança de suas atividades: os estudantes e os profissionais de diferentes segmentos.

O ensino à distância é a nova regra (temporária) para a grande maioria dos estudantes, e por mais que as instituições de ensino não estivessem preparadas para tudo o que aconteceu nos últimos meses, os estudantes foram obrigados a encarar essa realidade, mesmo sem ter o melhor cenário disponível e, inclusive, sem contar com a tecnologia adequada para que esse aprendizado seja efetivo.

Aliás, o Brasil precisa corrigir várias coisas nesse aspecto, além de implementar políticas mais justas para que o ensino à distância seja uma alternativa real para os estudantes. Mas este não é o motivo para esse post existir.

O ponto principal desse post é mostrar para todos que estamos efetivamente vivendo o maior experimento de trabalho remoto e home office da história. Nunca tantas pessoas trabalharam em casa ao mesmo tempo, e aqui o cenário é um pouco diferente: algumas grandes empresas já contam com uma estrutura melhor para oferecer aos profissionais de diferentes segmentos uma proposta laboral mais suportável para um momento tão caótico.

Mesmo assim, não são poucas as pessoas que eu conheço que tiveram que se adaptar a este novo normal. Muita gente que estava com o notebook comendo poeira no fundo do armário ou guarda-roupa tiveram que investir em novos computadores, pois perceberam que aquele PC velho não era mais compatível com a tecnologia online do presente.

Isso teve um impacto imediato nas vendas de PCs e laptops, que só aumentou com o avançar da quarentena e do isolamento social. Muitos se viram obrigados a investir em equipamentos melhores e mais modernos, e isso fez com que um segmento que estava quase morto nas vendas ganhasse uma sobrevida.

Na verdade, mais uma sobrevida.

 

Isso vai durar por mais algum tempo

As restrições para o trabalho em escritórios e estudo nas escolas vão continuar por mais algum tempo. Logo, os lares de milhões de pessoas vão continuar atuando também como local de trabalho e educação, e isso fará com que cada uma das pessoas afetadas pelas regras de distanciamento social procure como tornar a vida mais fácil nesse aspecto.

Logo, os investimentos em novos PCs e notebooks deve continuar ao longo de todo o ano de 2020, adentrando por parte de 2021, para a alegria de muitos fabricantes. O envio de computadores aumentou no segundo trimestre de 2020, e todos os formatos desse tipo de equipamento (incluindo os Chromebooks) registraram alta de envios para as gigantes varejistas e lojas especializadas. Apenas em maio de 2020, o aumento de envios de computadores foi de nada menos que 40%.

De novo: só estou destacando os envios de equipamentos para as lojas. Os números de vendas para o consumidor final devem ser igualmente promissores, e falo isso por experiência própria: não foram poucas as pessoas que eu conheço que me procuraram para consultar especificações de notebooks que estavam disponíveis para compra, e com o mesmo objetivo: trabalhar e/ou estudar em casa.

A Microsoft teve a audácia de afirmar que “o PC está de volta” no início da quarentena. E hoje, podemos afirmar que ela está certa. Bom, mais ou menos. Na realidade, eu nunca achei que o PC foi embora: só acho que ele deixou de ser o principal equipamento informático da maioria das pessoas para se tornar um produto de nicho, o que não é algo ruim.

Profissionais dos mais diferentes segmentos ainda precisam do PC e do notebook para realizar as suas tarefas diárias, e os estudantes entenderam que usar um computador portátil para estudar é algo muito mais cômodo do que recorrer ao notebook. Por isso (e por outras tantas coisas), o PC não vai morrer tão cedo.

E o novo normal é mais um motivo que reforça essa longa vida.


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@oEduardoMoreira