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O X (Twitter) é um desastre sem fim

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O Twitter nunca foi a rede social mais popular, mas sempre foi considerada a mais relevante e influente de todas. Sua interação em tempo real e a capacidade de interação orgânica de forma direta foram duas das características que ajudaram a construir o prestígio da plataforma de Jack Dorsey.

Porém, Elon Musk comprou a rede social em 2022, e transformou nesse rascunho do que ela já foi um dia. O X se tornou um antro de discursos extremistas e sem filtros morais e éticos, acabando com a boa experiência de uso do passado.

E só está piorando.

 

O X é um barco afundando rapidamente

Antes de Elon Musk chegar, o Twitter bem que tentou se modernizar sem perder a sua essência. A mudança mais impactante neste aspecto foi dobrar o número de caracteres por mensagem (de 140 para 280).

Dessa forma, os usuários poderiam se expressar de forma mais elaborada. Ou falar mais merdas por tweet (e a segunda opção prevaleceu rapidamente).

Outros movimentos com as threads (mensagens em sequência para expandir o contexto), inclusão de vídeos e transmissões de áudio ao vivo foram tentativas de expansão do Twitter que não surtiram muito efeito.

Porém, depois que Musk comprou a rede social, ela só afundou. E continua afundando rapidamente, como um barco cheio de buracos.

O valor de mercado do X despencou nada menos que 79%, e a viabilidade financeira da rede social é mais do que questionável.

E tudo isso está acontecendo porque, basicamente, Musk entende que o X não precisa de moderação de conteúdo porque todo mundo tem que ter o direito de falar o que quiser, sem qualquer tipo de consequência.

A falta de um processo claro e transparente nos métodos de moderação de conteúdo transformou o finado Twitter em um ambiente hostil e até menos seguro para os usuários.

As contas falsas, tão criticadas por Musk na época da compra da plataforma, aumentaram de forma sustentável. Assim como a desinformação disseminada por usuários sem escrúpulos.

 

Quem quer anunciar em um ambiente como esse?

Todas as mudanças implementadas por Musk no Twitter resultaram em uma fuga generalizada de anunciantes, que desistiram da plataforma e do seu ambiente tóxico.

Grandes marcas como General Motors, Apple, Coca-Cola e Volkswagem suspenderam seus investimentos em publicidade no X, o que iniciou uma crise de confiança que deixou Musk incomodado a ponto de querer processar quem desistiu de colocar anúncios na rede social.

Enquanto isso, Threads (do Meta) e Bluesky (criado por Jack Dorsey) seguem ganhando audiência, capitalizando em cima das falhas de Musk com o Twitter.

As duas plataformas se tornaram alternativas para os usuários que ficaram insatisfeitos com todas as mudanças do X, cada uma em um campo específico.

A Bluesky foi mais adotada pelos brasileiros que queriam um ambiente mais seguro que o X, e entrega uma interação mais orgânica entre os usuários. Lá, você só segue quem você realmente quer, e se interessa pelo seu conteúdo quem quer acompanhar o que você tem a dizer.

Já o Threads é mais utilizado por influenciadores digitais, marcas e empresas que já contavam com um grande público no Instagram, já que uma rede social é fork da outra.

A plataforma do Meta se tornou a saída preferida para quem queria reconstruir o seu público rapidamente, olhando para os interesses comerciais e de disseminação de conteúdo pago.

A impressão que fica é que o X pode desaparecer a qualquer momento do jeito que está. Para nós, brasileiros, ele já não existe a algum tempo, e não está fazendo a menor falta.

Ou Elon Musk está desvalorizando o X ao máximo para ser revendido por um valor que recupere parte do que ele pagou (e ainda assim, duvido que alguém pague essa grana toda), ou o dono da Tesla simplesmente não sabe o que fazer com o parquinho que tem.

Na verdade, sabe sim: ele transformou o X no seu palanque de discursos totalitários e extremistas, o que é um grande perigo para a sociedade como um todo.

Mas isso é assunto para outro artigo.


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@oEduardoMoreira