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Olá, primeiro_nome, tudo bem?

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Sou a favor que os relacionamentos humanos sejam sinceros, ou que tenham como base o máximo de sinceridade possível. E isso vem de um cara que já veio aqui contar um monte de mentiras e falsidades que você, muito provavelmente ávido por algumas palavras inspiradoras, acreditou de forma miserável.

E agora, eu acabei de plantar uma dúvida em sua pequena mente que ainda está em desenvolvimento (pelo menos quero acreditar que sim): no parágrafo anterior, ou eu fui o mais sincero em mais de 12 anos escrevendo para a internet, ou mais uma vez eu enganei você com o meu sarcasmo tão incorrigível quanto a Super Bonder que fica colada nos seus dedos de tempos em tempos.

Mas… quero falar de sinceridade. Principalmente por parte das assessorias de imprensa de tecnologia.

 

 

 

Calma! Não vou fazer o exposed de ninguém!

 

Não vou queimar o filme de uma assessoria em específico. Na verdade, nem dá para dar tanta porrada nos caras.

Cheguei a conclusão que não é culpa dos assessores de imprensa o fato do TargetHD.net não mais receber produtos para review. Afinal de contas, estamos em crise econômica profunda, e eu não dedico mais um minuto do meu tempo nos meus canais de vídeos no YouTube (quero mudar isso em breve).

E os assessores de imprensa mais escrotos que eu conheci saíram do mercado de trabalho. Espero, de coração, que estejam em caminhos melhores. Ou embaixo de alguma ponte em São Paulo. O que acontecer primeiro.

Eu quero falar sobre uma peculiar prática que está acontecendo nos últimos e-mails que recebi cujos remetentes, de forma curiosa ou por mera coincidência, são de assessorias de imprensa.

Curioso, para dizer o mínimo.

 

 

 

Tente me enganar com sinceridade

 

Só hoje (27), eu recebi na caixa de entrada do TargetHD.net dois e-mails que mostram uma característica que é até perdoável, considerando que as tecnologias podem simplesmente falhar, mas que acaba sendo algo risível, pois mostra uma abordagem artificial que considero desnecessária.

E isso fica claro quando o e-mail chega desse jeito na primeira linha da mensagem:

Olá, primeiro_nome, tudo bem?

Ou:

Olá, XX, tudo bem?

 

Vamos lá.

Eu sei, querido assessor de imprensa que está lendo a este post, que o e-mail que você mandou tem como origem um sistema eletrônico, que envia a mesma mensagem para todos os endereços de uma lista prévia de e-mails. E sei que a culpa não é sua por este erro.

Aliás, como já disse antes, vou reforçar que boa parte da culpa das coisas que dão errado não são de responsabilidade de um assessor de imprensa.

Porém, quando eu recebo uma mensagem como essa e, no meio da mensagem eu leio que aquele conteúdo é EXCLUSIVO para o meu veículo…

 

 

 

Eu pergunto: mereço ser enganado dessa forma?

 

O sistema de mailing list nem sabe o meu nome direito (a máquina chega a me chamar de XX, como se estivesse se vingando por ter chamado a mesma a vida inteira de comPUTAdor, acreditando que eu estou ofendendo a sua atividade de comPUTAr e DAR dados precisos), e quer me fazer acreditar que aquela sugestão de pauta é EXCLUSIVA para mim?

Aí não, né? Aí fica difícil ajudar você!

Logo, vamos ao menos tentar entrar no meio termo. Ou retira o campo de nome para deixar a coisa menos estranha, ou retira essa mania irritante de usar o termo EXCLUSIVO em um artigo que foi enviado simultaneamente para um monte de blogueiros e jornalistas.

Não precisa fazer força para que eu me sinta alguém especial. A vida já faz isso muito bem.

E força, guerreiros das assessorias, na torcida para que o software de mailing list preencha todos os campos da tabela do Excel da próxima vez.

Sem ressentimentos, tá?


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@oEduardoMoreira