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Operação Red Sparrow (2018) | Cinema em Review

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Em uma época onde o cinema suaviza suas produções para reduzir a qualificação etária (para obter um maior público e, assim, aumentar a bilheteria), é bom ver um estúdio apostar em um filme que aposta sem qualquer pudor no mercado adulto.

Por conta disso (e apenas por conta disso) Operação Red Sparrow até que merece alguns aplausos. É um filme de estúdio, com um dos rostos mais populares de Hollywood (Jennifer Lawrence), que se mostra como um thriller violento, perverso e com considerável carga sexual.

Porém (sempre tem um porém) e infelizmente, a classificação para maiores de 18 anos e um conteúdo medianamente sensível não são suficientes para resultar em um bom filme, que fica perdido em um limbo entre a sua mediana proposta tonal e do seu tom de suspense que não convence.

 

 

As poucas coisas positivas de Operação Red Sparrow estão no começo do filme, com uma elegância e sobriedade do tratamento formal narrativo. Fora isso, o longa carece de elementos para nos captar. Uma vez superado o impacto inicial de sua premissa e assimilado o seu estilo, o encanto acaba, e a colcha de retalhos de referências de outros filmes de espionagem se mostra de forma bem clara.

As eternas e desnecessárias duas horas e 20 minutos de filme condensam uma ausência de algo especial no filme. Na prática, temos uma proposta menos sexy, inteligente e provocadora do que o planejado, algo que seria perdoável se a intriga da trama estivesse à altura da proposta.

Infelizmente, o roteiro do filme, depois de abandonar as origens do seu protagonista e se centra completamente nos enredos e complôs entre a CIA e a inteligência russa, é tão descafeinado e vulgar quanto a distância abismal entre a sempre ótima Jennifer Lawrence e seu co-protagonista, Joel Edgerton, que até se esforça nesse filme.

 

 

Operação Red Sparrow é um filme que, literalmente, está na terra de ninguém. A nudez de Lawrence em cena deve atrair os marmanjos, mas de nada vale em uma trama que não tem ação. Decepciona os amantes mais clássicos desse gênero, com uma trama insossa que, de forma quase irritante, brinca com a inteligência do espectador.

É um mais do mesmo que não é interessante. Infelizmente.

 

 


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@oEduardoMoreira