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Os celulares e smartphones que mudaram o mundo

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Nessa semana, o celular completou 40 anos de vida. A invenção de Marty Cooper mudou de forma decisiva a forma das pessoas se comunicarem, e fez com que o nosso mundo se tornasse mais dinâmico e eficiente. A seguir, mostro a lista dos celulares e smartphones que são considerados essenciais e imprescindíveis nessa longa jornada. Tá, eu sei que muito provavelmente algum modelo que você considera como favorito vai ficar de fora. Então, aproveita a área de comentários e deixe a sua lista ou um aparelho icônico para você. Pois, para mim, essa é a lista dos telefones móveis que mudaram o mundo para sempre.

 

Motorola DynaTAC 8000X (1983)

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Aqui é o começo de tudo. O DynaTAC é o primeiro celular comercial da história, e foi o resultado de uma pesquisa iniciada por Marty Cooper em 1954, quando ele ingressou na equipe de pesquisas da Motorola. O modelo lembra aqueles dispositivos de comunicação utilizados por militares em campo. Era grande pesado, com uma antena enorme, e não é um dos modelos mais confortáveis para ser chamado de “dispositivo móvel”. Mas o que importava é que ele oferecia ao usuário a liberdade de caminhar e falar com o telefone.

Outro problema do Motorola DynaTAC é que ele não era barato Custava aproximadamente US$ 4 mil. Mas não foi apenas os geeks early adopters endinheirados que utilizaram esse produto. Ele foi um sucesso no mundo do entretenimento, sendo um símbolo de sucesso quando exibido no filme Wall Street, e até mesmo mostra de uma juventude moderna, quando Zack Morris o utilizou na série Saved By The Bell.

 

Motorola MicroTAC (1989)

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O Motorola MicroTAC é importante pois apresentou ao mundo o smartphone com flip, que depois seria adotado por outros modelos da empresa e, obviamente, por outros fabricantes. Se tornou muito popular porque foi o primeiro celular que você poderia efetivamente levar no bolso de sua calça. Tudo bem, ainda era grande, e parecia que você sempre estava excitado. Mas comparado ao DynaTAC, é um grande avanço.

Quando chegou ao mercado, foi considerado “o menor celular do mundo” (na sua época). E não era só pequeno: contava com recursos considerados avançados para a época, como códigos de segurança, calculadora, operações em viva-voz e até agenda para nomes e telefones. E foi nesse momento que você passou a abandonar o hábito de decorar qualquer número de telefone.

 

Nokia 3210 (1999)

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Na verdade, esse é apenas um dos inúmeros modelos da série 3000 da Nokia, que foi uma das mais bem sucedidas de todos os tempos. Peguei o modelo 3210 porque além de ser considerado uma febre entre os geeks na época, esse foi o primeiro celular de sucesso a contar com uma antena interna. Além disso, os modelos em formato “candybar” da Nokia foram os primeiros a tornarem os celulares produtos efetivamente populares, conquistando as massas.

Sua tela monocromática mostrava diversas informações, como chamadas recebidas, mensagens de texto, notificações, agenda… e o mais importante: jogos. E digo mais: o melhor jogo para celulares da história, o Snake. O jogo que foi originalmente desenvolvido para computadores nasceu na década de 1970, e encontrou a sua glória nos smartphones da Nokia, sendo o game simplesmente viciante. E você aí dando valor ao Angry Birds… tsc, tsc, tsc… seu fedelho!

O Nokia 3210, sozinho, vendeu 160 milhões de unidades ao redor do planeta, e foi substituído pelo 3310 (mais popular no Brasil), lançado em 2000.

 

Sony Ericsson T68i (2002)

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O Sony Ericsson T68i foi a ponte entre os celulares convencionais e os smartphones, e para muitos, é considerado o celular mais legal de todos os tempos. Foi o primeiro dispositivo a oferecer, de forma conjunta: Bluetooth, MMS em duas vias, navegação via WAP e serviço de envio e recebimento de e-mails. E para tornar a experiência de uso mais interessante, uma tela colorida (foi o primeiro modelo da Ericsson a contar com tal característica).

O modelo foi tão bem sucedido, que foi o celular de James Bond no filme Die Another Day. E não tem propaganda melhor do que essa: se é bom o bastante para o 007, é bom o bastante para você. Mesmo não alcançando os números de vendas do Nokia 3210, ele foi (e é) considerado icônico, sendo um grande sucesso de vendas.

 

BlackBerry 6210 (2003)

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Enquanto o Sony Ericsson T68i colocava o e-mail no seu bolso, o Blackberry 6210 colocava o celular no mundo dos negócios, dando acesso instantâneo e em tempo real aos e-mails corporativos. Resultado: tornou-se indispensável para os executivos. E para confirmar essa tendência, não podemos deixar de falar da estreia do teclado QWERTY físico, que facilitava e muito as tarefas de digitação de e-mails e mensagens de texto, além de uma melhor navegação na web.

Essa combinação colocou os telefones BlackBerry em um patamar completamente diferente de todos os outros telefones na época. Esse foi o primeiro grande salto para o que hoje conhecemos como “smartphone”. Foi além disso: até hoje, todo mundo considera o BlackBerry um modelo único de smartphone. Foram dominantes por, pelo menos, cinco anos. Até uma certa empresa de Cupertino, Califórnia, entrar na festa do mundo mobile.

 

Palm Treo 600 (2003)

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Antes dos smartphones, a Palm reinava soberana com um gadget muito atraente, chamado PDA (Personal Digital Assistant). Seguindo o movimento do mercado, a Palm lançou outro pioneiro no mundo dos smartphones, o Palm Treo 600. O modelo já contava com alguns recursos bem interessantes, como uma câmera traseira, um MP3 player e um sistema operacional que, você aceitando ou não, influenciou no nascimento do iOS e do Android. Mais: já trazia aplicativos e teclas mapeáveis. E, como era a tendência da época, também contava com um teclado QWERTY físico. Sua tela colorida de 2.5 polegadas mostrava um mundo de possibilidades, mas infelizmente a Palm perdeu o bonde do tempo, sendo muito lenta nas atualizações do seu OS. Ficou para trás em relação aos seus competidores.

 

Motorola RAZR (2004)

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Esse foi o primeiro celular que todo mundo disse em coro “eu preciso ter um desse”. O fino telefone com flip era estiloso, e comercialmente muito vendável. Conheço muita gente que comprou esse modelo apenas por causa de sua estética. Inclusive esse que escreve esse post. Foi o último grande sucesso da Motorola antes da “era Android”, uma vez que vendeu 130 milhões de unidades ao redor do planeta.

O Motorola RAZR parecia ser o celular do futuro. Seu teclado numérico tinha um acabamento de metal, que acompanhava o seu corpo revestido em alumínio e vidros coloridos, que davam um ar muito moderno ao dispositivo. Entrou para a história por ser o último celular de genuíno sucesso no mercado mobile. E foi o último celular da Motorola que vingou no mercado. Depois disso, foi ladeira abaixo. Só se salvou quando a Google/Android puxou a empresa do atoleiro.

 

Motorola ROKR (2005)

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Esse foi um sonho de consumo meu por muito tempo. Para minha sorte, nunca cheguei a ser proprietário de um deles. O Motorola ROKR foi o primeiro telefone a se comunicar de forma aceitável com o iTunes, e esse foi um grande negócio para Steve Jobs na época. Aliás, caso você não se lembra, foi o próprio Steve Jobs que anunciou o lançamento do Motorola ROKR, com o nome de “iTunes Phone”.

Duvida? Foto abaixo.

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Porém… o Motorola ROKR era simplesmente horrível! Ok, funcionava com o iTunes. Mas… de que adiantava se você não podia sincronizar mais de 100 músicas? E a sua interface? Era tão ruim, tão confusa, que nem dá pra descrever como foi mal feita. Mesmo assim, o ROKR entra para a história por efetivamente abrir as portas dos celulares com funções multimídia, ou como players de mídia efetivos. Foi a inspiração final para a Apple produzir o iPhone.

 

Nokia N95 (2007)

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O “último grande herói” da Nokia. O N95 expandiu as ideias inseridas no T68i, com recursos que eram encontrados nos smartphones, mas sem o teclado QWERTY físico. Era estiloso, moderno e funcional. Atraente, eficiente, desejável. Único.

Além disso, o N95 foi o primeiro celular a contar com GPS e o item opcional de navegação ponto a ponto. Contava com uma ótima câmera de 5 megapixels com gravação de vídeos e flash para fotos noturnas, além de sintonizador de rádio. Mas foi muito além de ser um smartphone. Mostrou ao mundo que “design importa sim”, com uma parte frontal com um teclado numérico, e um slide que revelava os botões de mídia, para controlar o MP3 player.

Digam o que quiserem, mas foi o último grande sucesso da Nokia. Nenhum que veio depois do Nokia N95 conseguiu um resultado tão positivo de público e crítica.

 

Apple iPhone (2007)

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Esse, dispensa apresentações. É o smartphone que mudou tudo. Foi o primeiro smartphone a mostrar os recursos que as pessoas gostariam de ter, mesmo que elas não soubessem o que exatamente esses recursos faziam. Era diferente de tudo o que estava no mercado em todos os sentidos, com um design atraente e interface de usuário que qualquer um pode usar. E olha que ele só tinha um botão.

O primeiro iPhone era bem limitado, sem recursos de copy/paste e outras funcionalidades que já estavam presentes em outros smartphones. Mas… quem se importava? O iOS se tornou o sistema operacional referência pelo seu conceito, e a experiência de uso geral suplantou todas as suas restrições, prevalecendo no mundo mobile.

Sem falar que o iPhone e a Apple mudaram a forma com os fabricantes negociavam os lançamentos de produtos com as operadoras. Por causa dele, uma verdadeira queda de braço entre as operadoras nos Estados Unidos começou, onde a AT&T virou parceira exclusiva da Apple por muitos anos, obrigando a Verizon a buscar a Samsung como principal parceira comercial.

Seis anos depois, o iPhone segue no mercado, como um dos produtos de tecnologia mais desejados pelos fãs de tecnologia de todo o mundo.

 

HTC Dream (2008)

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Encerro a minha lista de celulares/smartphones que mudaram o mundo com o HTC Dream, também conhecido como T-Mobile G1, que foi o primeiro smartphone Android a chegar no mercado, em 2008. Foi o primeiro smartphone a ousar desafiar o iPhone. No começo, não foi tão fácil para o Android. Mas depois de cinco anos, o sistema é, simplesmente, o #1 do planeta. E tudo começou aqui.

Com um teclado QWERTY físico combinando com uma tela sensível ao toque e um sistema Android 1.5, o HTC Dream contava com tela de 3.2 polegadas. Desde o seu lançamento, o Android teve uma evolução impressionante, e hoje está no mesmo nível de excelência (e em alguns casos, melhor) do que o iOS.


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@oEduardoMoreira