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Os sinais cognitivos que impedem que você veja a realidade

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Você está na Matrix e não sabe. E eu estou aqui para dizer isso. Por que? Porque eu vivo na realidade.

Fora o meu ar pedante na hora de jogar a verdade na sua cara, fato é que o cérebro humano está programado para cometer todo e qualquer tipo de erro mental que pode afetar a nossa capacidade para fazer um juízo racional das coisas quando decidimos interpretar uma informação para dar um senso objetivo da realidade.

O que eu disse no parágrafo anterior fica bem claro quando encontramos pessoas que acreditam que o planeta Terra é plano, por mais que diversas provas científicas demonstrem claramente que ela é redonda.

 

 

 

Um comportamento de gad… ops, desculpa… de seres irracionais

 

Os sinais cognitivos são efeitos psicológicos que produzem um desvio no processamento mental da informação, o que leva à uma distorção de julgamento que, por sua vez, produz uma interpretação ilógica dos fatos. Na linguagem vulgar, chamamos isso de irracionalidade.

Ou seja, é quando alguém interpreta a informação disponível do jeito que quiser (ou da forma que acha a que seja correta), mesmo que os dados não sejam lógicos ou que não encontram qualquer tipo de relação ou conexão.

Não dá para saber como esse instinto humano mais básico aparece, mas podemos entender os erros específicos que algumas pessoas cometem, e por que isso acontece.

Um dos sinais cognitivos que podemos identificar nos seres irracionais é o declinismo ou retrospectiva idílica. É quando uma pessoa acredita fielmente que “o passado foi melhor”, e projeta um futuro catastrófico por causa da dominância de más notícias.

Eu sei que você pensou nos seus avós e em vários eleitores nesse momento, mas isso pode acontece com qualquer ser saudosista, independente da idade.

Outro sinal cognitivo que mostra a incapacidade de olhar para a realidade de forma minimamente racional é a hipótese do mundo justo. É claro que incomoda pensar que o mundo é injusto, mas quando mais rápido você compreender isso, maiores são as chances para você realizar julgamentos mais precisos sobre as pessoas e as situações ao seu redor.

Outro exemplo da irracionalidade perene é o sentido de crença. Se uma conclusão apoia as suas crenças existentes, você acaba racionalizando qualquer coisa que apoie essa crença. Traduzindo: no lugar de olhar voluntariamente para informações novas sobre o tema, você está armado para defender até a morte as suas próprias ideias, sem questioná-las de verdade ou analisar por um instante que aquilo que você acredita pode, de alguma forma, estar errado.

É a mesma coisa que os “cristãos” homofóbicos fazem quando dizem que ser gay é pecado baseado em uma linha da Bíblia (que não foi lida por Jesus Cristo), sem olhar para todos os outros discursos limitantes que a mesma Bíblia contém.

Por fim, o senso de rótulo é outro sinal característico de mentes limitadas, revelando como o contexto e a entrega podem ter um grande impacto sobre como se interpreta uma história. Todos nós precisamos passar pelo difícil exercício da humildade para reconhecer que podemos ser manipulados por uma história ou, quem sabe, uma fake news enviada pela tia do ZapZap e, dessa forma, trabalhar para limitar o efeito do rótulo em nosso pensamento crítico.

É um exercício constante, que todos nós temos que vivenciar. Mas acho que vale a pena olhar um pouco para dentro de si e tentar identificar esses sinais.

 

 

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@oEduardoMoreira