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Pedro Coelho (2018) | Cinema em Review

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Muita gente torce o nariz para filmes voltados especificamente para as crianças. Os adultos normalmente sofrem com bordões insuportáveis e plots detestáveis (voltados para crianças, e não para adultos). Mas é sempre bom ter filmes que não ignoram os adultos na sala, e Pedro Coelho felizmente faz isso.

O filme é uma adaptação da história criada por Beatrix Potter, e sabe exatamente o que quer contar, sem perder seu ritmo. Sua premissa é absurdamente simples, e sem esconder surpresas. Tudo se limita à graciosa história, em um roteiro funcional e em personagens adoráveis.

O protagonista (com a voz de James Corden) é um pouco irritante no começo, mas consegue nos convencer com o seu mix de valentia e medo. Mas você se envolve com a relação entre Pedro Coelho e o seu grande inimigo no filme (interpretado por Domhnall Gleeson).

 

 

Aqui, o humor direto, sem complicações e bem físico impera, deixando tudo acessível para todo mundo. Alguns toques de humor mais modernos (que geraram polêmica lá fora) podem não resultar em gargalhadas, mas te deixa com um sorriso na boca.

Some tudo isso aos animais secundários em grande quantidade, no esquema “se funcionar, a gente coloca mais”. Surpreendentemente, Pedro Coelho encontra um equilíbrio inesperado, sem abusar daquilo que está funcionando bem, algo que em outros filmes teria acontecido sem muitas dificuldades.

Não espere o melhor filme de 2018, mas sim uma experiência leve, que te deixa aquela boa sensação de passar algum tempo com sua família, apenas se divertindo. Os argumentos e as atitudes dos personagens é algo bem mediano, com exceção de Gleeson no momento que ele exterioriza sua nova atitude, de uma forma bem diferente do que todos esperam.

Gleeson e Rose Byrne estabelecem uma boa química, mesmo com personagens com personalidades opostas. A relação dos dois crescendo em paralelo às aventuras do coelho protagonista contam com um foco infantil, mas sem confundir as ações com um festival de idiotices onde vale tudo para fazer rir.

 

 

Em termos puramente visuais, o que chama a atenção são os momentos animados, que são bem resolvidos. Na maior parte do tempo, vale destacar que eles evitam o tempo todo que tudo fique estático demais, por mais que o filme aconteça na maior parte do tempo no mesmo lugar.

Por fim, Pedro Coelho é recomendado para ver em família, já que ninguém vai ficar tão incomodado com o longa a ponto de desejar que ele acabe o mais depressa possível (talvez uma piada ou outra, mas é um efeito de reação geral).

Muito provavelmente o seu filho pequeno ou o seu neto devem gostar do longa, mas para você, adulto que está lendo esse post, pode ir ver sem muitos medos.

 

 


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@oEduardoMoreira