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Por que a Xiaomi poderia ter aborrecido a Samsung na MWC 2016?

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Durante o evento de apresentação do Xiaomi Mi 5, havia a clara impressão que Hugo Barra nos surpreenderia a qualquer momento com um algum tipo de ‘One More Thing’. Isso estava bem claro. A tampa traseira com cristal curvado foi uma mostra que a Xiaomi não está para brincadeira.

Na verdade, eles queriam dizer “Olha, Samsung, nossa curva sim é real, nada de bordas retas”.

Não disseram com essas palavras, mas a imagem abaixo não deixa dúvidas: a Xiaomi quer se comparar com os coreanos. Mas… o que teria acontecido se a tela do Mi 5 também tivesse bordas curvadas?

Talvez a Samsung estaria envolvida em um sério problema.

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A Samsung tem hoje uma carta debaixo da manga, e ela ainda mantem com essa carta o jogo a seu favor. É a única capaz de fornecer um smartphone com design realmente futurista, se destacando dos demais, empenhados em fazer do alumínio com bordas polidas um novo padrão que aos poucos deixa de lado o plástico, que incomoda muita gente.

Seja pelo poder econômico, capacidade de produção ou, quem sabe, por causa das patentes, a Samsung é há pelo menos um ano o único fabricante que conseguiu que um smartphone com tela curva vingasse no mercado (ninguém se lembra do BlackBerry Priv). Mas… e se eles perdessem essa exclusividade?

 

Aqui é onde parecia que a Xiaomi estava prestes a entrar. O vídeo de apresentação do Mi 5 teve momentos que não estava claro se eles estavam mostrando a tela ou a tampa traseira, e todos começaram a pensar na Samsung. O lançamento de um ‘Mi 5 Edge’ teria sido um golpe duríssimo para os coreanos, que precisam melhorar as vendas de seus smartphones premum, que estão estancadas pela maduração da linha média e pelo crescimento das marcas chinesas.

De qualquer forma, a Xiaomi ainda causará danos colaterais com o Mi 5. Basta compará-lo com o Galaxy S7 com tela plana para ver que os dois modelos estão no mesmo nível, onde a grande diferença está no preço (235 euros do Xiaomi Mi 5, contra o Samsung Galaxy S7, que custa 719 euros).

A Xiaomi teria que começar a comercializar o seu smartphone em muitos países para poder alcançar a Samsung, mas não resta dúvidas que. no papel, o Mi 5 é tão capaz quanto o Galaxy S7. Restam dúvidas sobre o seu desempenho fotográfico, mas em linhas gerais estamos diante de um smartphone que rapidamente vai chamar a atenção dos usuários com um espetacular preço de 235 euros.

Na China, o caos reina nos escritórios da Xiaomi, uma vez que no momento em que esse post foi produzido já haviam sido feitas no país 10 milhões de reservas do Xiaomi Mi 5, e isso em apenas dois dias.

Será que em algum momento a Xiaomi vai lançar um telefone com tela curvada? O que teria acontecido se um ‘Mi 5 Edge’ tivesse sido anunciado. Certamente a Samsung está fazendo essas mesmas perguntas.


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@oEduardoMoreira