O algoritmo do YouTube sempre foi visto como algo complexo, inclusive no seu funcionamento para determinar as recomendações e visibilidade de alguns vídeos. E isso sempre foi alvo de críticas dos produtores de conteúdo.
Porém, alguém decidiu dar um passo além. O canal Dapz publicou um vídeo onde afirma “ter quebrado o algoritmo do YouTube”, e a prova disso é que o vídeo em questão conta mais de 2.3 milhões de visualizações, e o canal do rapaz tem apenas 173 mil seguidores.
Ou seja, ele foge completamente da métrica estabelecida pelo site.
Quebrando a retenção de audiência e proporção dos cliques
O usuário Dapz provou com o seu vídeo “This Video Breaks the Algorithm” mostrou que apenas 30 segundos são suficientes para colocar um vídeo nas tendências do YouTube.
Com mais de 30 segundos de duração, o vídeo começa a apresentar algumas indicações que os usuários terão que seguir para provar que a teoria do youtuber está correta, como por exemplo a redução da velocidade para 0.25x e ativar as legendas automáticas.
De acordo com o Dapz, os três parâmetros para o YouTube posicionar um vídeo como tendências são a retenção da audiência, a proporção de cliques e o tempo de reprodução. Se o vídeo tem uma redução de velocidade de 75%, a retenção de sua audiência dispara para até 400%.
O mesmo acontece com o tempo de reprodução final, assim como o número de anúncios exibidos na tela. Já a ativação de legendas é destinada a deixar o vídeo mais acessível para a explicação da teoria do youtuber, pois a qualidade sonora cai significativamente com a reprodução mais lenta.
Isso deu certo?
Pelo visto, sim.
O vídeo recebeu mais de 2 milhões de visualizações em menos de duas semanas, com uma média de 330 mil likes e mais de 20 mil comentários. As métricas do youtuber não param de crescer em números de inscritos e em visualizações nos seus demais vídeos.
Em julho de 2021, foram mais de 5 milhões de visualizações, com um crescimento expressivo no número de inscritos. A média dos vídeos compartilhados em seu canal não dura mais que um minuto, o que contradiz a lei do esforço e de duração de vídeos estabelecida pela plataforma como “conteúdo de qualidade”.
Dapz explica que o seu experimento tem como objetivo final “corrigir” o algoritmo do YouTube para ajudar a melhorar o posicionamento orgânico dos vídeos. Caso contrário, conteúdos de qualidade questionável ou vídeos com fake news e conteúdos que incitam a violência e/ou a discriminação podem ser posicionados nos destaques de forma bem simples: pela lei do menor esforço.