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Quarteto Fantástico (2015) | Cinema em Review

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Antes de mais nada, essa não é uma resenha ou review de um filme que estreou em julho. É apenas mais um texto para reforçar o que todo mundo pertencente ao mundo civilizado já disse (e para atrair alguns views para o blog de propósito). Amigo leitor, se você gostou de Quarteto Fantástico (2015), é um direito seu. Agora, daí a dizer que é um bom filme, eu sinto muito, mas você consegue estar mais errado que um defensor do PT.

Quarteto Fantástico é um filme simplesmente indefensável. Como eu disse no SpinOff Podcast dessa semana, é o pior filme da história da Marvel (ou com a marca da Marvel), sem medo de errar. É sério candidato a pior filme de 2015 (se já não for o pior) e um grande fracasso de público e crítica. A bilheteria desse filme é algo patético para os padrões das marcas envolvidas. Tudo nesse filme dá errado. Logo, como defender?

Eu sei, fãs dos quadrinhos. Muitos de vocês gostam pelo simples fato de ser uma história que vocês gostam, e que é retratada no cinema, chegando ao mainstream. E talvez seja por isso que eu não gosto de muitos de vocês. É uma obrigação de vocês serem mais seletivos, exigirem que as adaptações aconteçam com dignidade e cuidado. E não essa grande porcaria feita pela 20th Century Fox. Na boa, esse filme é digno de processo judicial, e não por perdas e danos, mas sim por calúnia e difamação.

Como o Sacer bem disse no podcast, Quarteto Fantástico é um filme de ficção científica, onde um moleque fica brincando de criar uma máquina de teletransporte. Até o momento que ele é descoberto no colegial, vai para um departamento secreto do governo, se une a outro cara que manja dos mesmos paranauês que ele, um soldador, e uma loira. Esse time constrói a tal máquina, decidem ser os primeiros a fazer a viagem. O moleque, super inseguro, precisa do melhor amigo para fazer a primeira viagem. Eles fazem a viagem. Dá merda. Voltam… e AÍ SIM COMEÇA O FILME QUARTETO FANTÁSTICO.

Na boa, a primeira hora de filme pode simplesmente ser jogada fora. E os últimos 30 minutos (onde já se viu, um filme desse porte ter exatos 94 minutos) também poderiam. Filme mesmo só nos últimos 10 minutos e, mesmo assim, eu preferia não ter visto aquilo.

Não bastando os efeitos visuais horrorosos, as interpretações dantescas, e os argumentos patéticos para os conflitos e motivações dos personagens, a grande motivação de Victor von Doom em destruir a Terra (depois de ficar megapoderoso em outra dimensão) é porque ‘ele foi esquecido lá’. C*c*t*, Victor! Você caiu em uma gosma verde digitalizada que ninguém sabia o que era, sem falar que a outra dimensão estava cuspindo pedras nos seus amigos! Como eles iam adivinhar que você sobreviveu a tudo isso?

A desculpa do Doom  para destruir a Terra se compara ao ‘eu te traí porque você cortou minha perna’ que a Arizona jogou na cara de Callie em Grey’s Anatomy. Basicamente é isso.

Pior: todo o conflito (repito: uma reação em cadeia de fluxo de energia, que resulta em um buraco negro que vai engolir a Terra… logo, não é pouca coisa) se resolve em APENAS DEZ MINUTOS. Tipo, um problema mega complexo, contra um vilão que basicamente virou um alienígena poderoso, com poderes telecinéticos, é derrotado com meia dúzia de socos. Porque ‘eles são o Quarteto Fantástico’.

Logo, caro amigo leitor que defendeu essa b*sta de filme…. aprenda a ter critérios na vida. Você pode gostar de cocô. Mas não venha me dizer que cocô é bom, porque não é. Eu já vi isso acontecer em diversas séries de gosto duvidoso, mas a gente deixa passar, porque todo mundo tem direito a gostar de coisas ruins nessa vida.

O que me assusta é quando chegamos no ponto de ver pessoas defendendo algo que não tem qualidade sob nenhum aspecto. A falta de critérios aqui é que precisa ser combatida. Não aceitar qualquer lixo que jogam na nossa cara.

Quarteto Fantástico (2015) é um dos piores filmes do ano. Ponto final.

 


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@oEduardoMoreira