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Primeiras Impressões | American Horror Story (FX, 2011)

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É muito estranho ver a Tami Taylor na tela sem o Coach Taylor na mesma cena.

Assim, começamos a falar de American Horror Story, nova série dos produtores de Nip/Tuck e Glee, Ryan Murphy e Brad Falchuck. A nova série do FX tem como objetivo perturbar as suas noites de sono, mas na prática, ela não faz isso pelo terror apresentado, e sim pelos pontos de humor que a série oferece.

Calma! Eu não estou maluco! Eu vou explicar.

Se o intuito foi assustar adultos e crianças, American Horror Story não assustou nem o meu sobrinho de 8 anos de idade. Tá exagerei nessa frase (porque não tenho sobrinhos dessa idade), mas o efeito moral é o mesmo. Não há uma cena do piloto que realmente desperte o medo no telespectador. Tá, a dupla foi até bem intencionada, colocando diversas referências de séries e filmes que tratam do tema “terror”, onde podemos identificar uma atmosfera típica dessas produções. Porém, além de me questionar se essa mecânica funciona nos dias de hoje, fato é que o piloto apresentou apenas um festival de bizarrices, onde algumas delas foram, literalmente, muito engraçadas.

Cabeças de bonecas em potes cheios de álcool, a típica família que muda de uma cidade por causa de uma grande merda que o marido fez, e que vão parar em Los Angeles, onde todos (e eu enfatizo, TODO MUNDO) avisou a família que a casa é amaldiçoada, mas ainda assim, eles resolvem ficar com ela (afinal, era uma pechincha, e quem não quer tirar vantagem disso). Aí, só figuras estranhas e bizarras: uma governanta que é velha para todo mundo, mas o marido (que não quer perder uma oportunidade para afogar o ganso) a vê como uma gostosona, a vizinha esquisitona, que parece que caiu em um tonel de formol, e veio direto dos anos 60 para cá, a filha com necessidades especiais, que fica apenas alertando a todos que “a casa é ruim, vocês vão morrer”, o voyeur que alega que queimou a casa anos atrás, o marido que é sonâmbulo, o garoto problemático da escola que vê mortos nas costas das pessoas e invoca monstros, e a melhor de todas: a esposa que engravida do cara que usa roupa de látex!

A combinação de tudo isso é uma das mais divertidas já vistas no ano (melhor que muitas séries de comédia, acreditem). É inacreditável como não dá para sentir horror de tudo aquilo (quero dizer, dá pra sentir horror porque é vergonhoso, e não pelo medo despertado… bom, vocês entenderam), e alguns trechos chegam a fazer a série parecer uma fantasia perturbada da dupla Murphy/Falchuck. Um ponto forte da série é o seu elenco, que apesar de participar de algumas cenas constrangedoras, é bom, e é um dos motivos pelo qual você deve ver a série.

Aliás, recomendamos American Horror Story para quem tem mente aberta. Apesar de promos bem feitos, e um material promocional que chama a nossa atenção, a série não é para ser levada muito a sério no seu começo, ou para se levantar muitas expectativas. Se for assistir, veja com a mente aberta, tentando se divertir com as situações apresentadas. Mesmo porque, para levar a sério as histórias de terror, vamos ter que desviar nossa atenção para Hitchcock, que realmnte entendia do riscado.

E, pelo o que vi do piloto, Ryan Murphy e Brad Falchuck estão mais interessados em ganhar milhões de dólares na série onde adolescentes cantam e dançam animadamente nos corredores de uma escola de ensino médio em Lima, Ohio.


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@oEduardoMoreira