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Primeiras Impressões | Capture (CW, 2013)

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capture

Antes de qualquer coisa, eu tenho que deixar registrado que não podemos culpar a CW por tentar. Eles bem que tentam. Se conseguem, é outra história. Mas ao menos tentam oferecer algo mais em termos de reality competitions. Vide o “espetacular” H8R (procurem isso no YouTube), que não durou dois episódios.

Dito isso… eu gostei tanto de Capture, que eu simplesmente me esqueci de escrever as primeiras impressões sobre a série. É verdade. Esse post era para ter ido ao ar na última segunda-feira (05), mas o meu cérebro fez questão de esquecer que assisti ao piloto do programa. Até porque o piloto é simplesmente esquecível.

Sem perseguição, família CW. Se o canal conta mentiras pra vocês, e mesmo assim vocês compram essas mentiras, não me culpem. Aqui, de novo, a CW vendeu uma coisa, e entregou algo que não chega nem perto disso. Poderia resumir Capture como um “Hunger Games para a televisão… só que não!”, mas isso é pouco. Na verdade, Capture nada mais é do que uma grande brincadeira de esconde-esconde, com a ajuda do GPS, e onde as pessoas só se ferram, passando fome e frio.

Funciona da seguinte maneira: são equipes em forma de duplas, no estilo The Amazing Race, ou seja, com algum grau de afinidade que, com o decorrer do jogo, se mostra não tão afinidade assim. O objetivo de Capture é sobreviver às capturas, ou capturar alguém, dependendo daquilo que o jogo lhe determina.

A cada programa, uma equipe é escolhida para capturar outras equipes. São dois dias consecutivos de captura, onde a equipe responsável em capturar alguém tem quatro horas (em cada dia) para cumprir a sua missão. Uma equipe é capturada quando a equipe escolhida para perseguir as demais conecta um dispositivo eletrônico em seu colete.

Se a equipe que precisa capturar conseguir pegar duas equipes, ela está salva para a próxima fase do programa. Se pegar apenas uma equipe, ela vai para a votação de eliminação (no estilo Survivor) com a equipe que foi capturada. Quem escolhe o eliminado são as equipes restantes no jogo. Se nenhuma equipe for capturada em dois dias, os perseguidores são eliminados automaticamente.

As equipes vão se eliminando, até que sobre uma dupla, que vai dividir o “espetacular” prêmio de US$ 250 mil (sério, CW, até nisso vocês foram mão de vaca…).

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Capture é isso. Um grande esconde-esconde em uma área com mata fechada, supostamente perigosa (só que não). O formato é engessado, e o programa não empolga. Não há nenhuma perspectiva que essa proposta vai se flexibilizar nos próximos episódios (a não ser que a produção coloque animais peçonhentos ou selvagens no meio da mata, algo que eu acho que não vai acontecer), e a tendência é que rapidamente as pessoas se desinteressem em ver os dramas daqueles que vomitam com a altitude, que dormem em uma armação de metal sem colchão ou travesseiro, ou pela dupla eliminada na primeira semana, afirmando que “ninguém pode confiar em ninguém aqui”.

Combinar fórmulas de sucesso, de programas já consagrados, e tentar vender isso como o “Hunger Games para a televisão” não só é perigoso como quase desonesto. Até porque ninguém vai morrer no meio daquela mata. Só se for de frio. A própria CW precisa entender que eles já contam com um reality competition de sucesso (America’s Next Top Model), e se eles querem outro, precisam apostar em algo que vá mais ou menos nesse segmento.

Capture é algo que já nasce morto. Ainda mais na Summer Season. Só um milagre (do mesmo nível que Cult precisava) para garantir uma segunda temporada da produção. Logo, não se apegue muito. A tendência é que isso não vá muito longe.


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@oEduardoMoreira