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Primeiras Impressões | Colony (USA Network, 2016)

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Não tenho frase introdutória. Não precisa. Quase me esqueci desse piloto mesmo…

Colony, nova série do USA Network, conta com nomes já conhecidos do grande público. É uma série de Carlton Cuse, que tem no seu elenco nomes como Josh Holloway e Sarah Wayne Callies, além de todo o suporte técnico do canal, que investe mais e mais em suas produções, com alguns acertos de grande prestígio (Mr. Robot está aí, e não me deixa mentir). Porém, no caso dessa produção, ficamos na dúvida se ela disse a que veio, ou se ela passará desapercebida. Aos fatos…

Vivemos em um cenário futuro onde a cidade de Los Angeles (e outras áreas do planeta, ao que tudo indica) vive uma ocupação militar coordenada pela Colony Transitional Authority, que é parte de uma organização maior, que tem orgiem extraterrestre. As pessoas não gostam muito da forma como as coisas aconteceram e são gerenciadas, e algumas dessas pessoas se organizam em grupos rebeldes, ou nesse caso, chamados de “resistência”.

O casal Katie (Callies) e Will (Holloway) são membros dessa resistência, porém, com posturas diferentes. Will, para manter a família, ter um emprego decente e não se meter em problemas com a justiça, age disfarçado. Já Katie não tem medo de muita coisa nessa vida, não pensa nas crianças e na sua segurança, já que de tempos em tempos pensa em pegar em armas para abater a tiros aqueles que contrariam seus pensamentos. Os dois contam com uma motivação comum para seguir lutando: a busca pelo filho desaparecido, que não deu mais notícias depois do início da crise.

Will e Katie começam a tomar caminhos opostos quando Alan Snyder (Peter Jacobson), Governador do distrito de Los Angeles, convoca Will para agir a favor do grupo militar que mantém todos sob controle de leis severas. Se ele não colaborar, Alan pode colocar a vida dos seus familiares em sérias dificuldades. Will acaba aceitando, e agora tem que lidar com a “inimiga” dentro de casa, já que Katie permanecerá na resistência, e vai municiar a força rebelde de informações sobre os movimentos dos seus algozes.

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Colony não é um piloto ruim nos seus aspectos técnicos. O episódio é visualmente bem feito, com efeitos visuais que até te convencem, incluindo uma visão de uma Los Angeles sitiada que ajuda a te transportar para aquela realidade. Você efetivamente é colocado para dentro dos acontecimentos… por mais desencontrados que eles pareçam.

O grande problema de Colony é que estamos diante de um piloto com roteiro bem mais ou menos. É quase esquecível, pois você não se importa com muita coisa que é apresentado nas suas tramas. OK, o casal principal está com o filho desaparecido, mas eles são apenas mais um entre tantas outras famílias que sofreram de problema semelhante. O que torna eles especiais? O fato de Will ter sido ex-agente especial do FBI? Eu acho que não.

Sem falar que a dupla Josh Holloway e Sarah Wayne Callies sofrem de um problema grave de falta de carisma. Bom, isso afeta menos Holloway, que mesmo sem saber atuar direito (na boa, ele faz sempre o mesmo papel de bonitão forte que resolve todos os problemas no muque, sem ter expressividade e mantendo aquela cara de barba por fazer, quase implorando para ser o novo garoto propaganda da Gillette) ainda consegue ter a simpatia de boa parte do público.

Já a menina Callies não tem muita salvação. Desde os tempos de Prison Break (onde as pessoas queriam muito que Sara Tancredi fosse esquecida pelo caminho em algum momento) até em The Walking Dead (onde muita gente vibrou com a viuvez de Rick Grimes), a moça tem a antipatia de muita gente, e no piloto de Colony, isso se repete: é uma pena que sua capacidade de atuação é bem limitada, e ela basicamente se repete a cada trabalho que ela participa.

Mas  deixando de lado os atores – que só são culpados por assinarem o contrato -, Colony padece mesmo do problema de ser algo esquecível. Mesmo com alguns mistérios pontuais, não é a série que dá para ficar perdendo muito tempo semana após semana. É algo que você só deve acompanhar se realmente gostar muito de todos os fatores apresentados. Não prende o suficiente para justificar a volta ao episódio seguinte. Dispensável. passei.

Recomendo com moderação. E, ainda assim… recomendo uma maratona depois que a temporada acabar. É uma forma melhor de aproveitar o se tempo.


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@oEduardoMoreira