Eu tento entrar no mundo da fantasia, mas eu não nasci para isso!
E temos Emerald City, a tentativa da NBC em ter o seu Once Upon a Time. Até posso considerar uma boa tentativa, levando em consideração a comparação com a série de fantasia da ABC. Por outro lado, foi preciso muita boa vontade para terminar o piloto, e mais boa vontade ainda para escrever 500 palavras (ou mais) sobre este piloto.
Mas… vamos lá.
O que temos aqui é mais uma série de fantasia, onde novamente uma moça teoricamente comum acaba indo parar em um mundo estranho ao dela, e com o passar do tempo ela vai percebendo/compreendendo/se tocando que ela tem algo de especial, e que não está naquele lugar por obra do mero acaso.
Nesse caso, temos aqui Dorothy Gale (sim… nem o nome foi modificado), que foi mandado do nosso mundo para o mundo de Oz com a ajuda de um tornado. Quando ela chega nesse mundo de gente estranha, ela é confundida com uma bruxa, porque o tornado que a trouxe para lá era o mesmo da profecia feita pelo mágico de Oz, que é o único que pode devolver a moça para o seu mundo.
Porém, não será uma missão fácil. Como as pessoas acham que Dorothy é perigosa, ela vai ter que provar que, na verdade, só ajuda as pessoas como enfermeira. Sem falar que, paralelo à isso, tem que buscar a verdade sobre o seu passado, até mesmo para que o seu futuro não fique seriamente comprometido.
Eu juro que tentei com muita força gostar de Emerald City. Mas como minhas expectativas com a série já estavam bem baixas (vale lembrar que a produção chegou a ser cancelada pela NBC, mas depois foi resgatada por obra da boa vontade de Bob Greenblatt), eu devo confessar que foi um sacrifício hercúlio terminar o episódio duplo de estreia.
Sim… 119 minutos de um piloto que não empolga, com um tom monótono e modorrento de narrar uma história que todo mundo já conhece, com uma Dorothy sem carisma alguma, com eventos onde você tenda a não se importar com absolutamente nada.
Não posso simplesmente detonar o piloto apenas porque não gostei. Em termos de produção, Emerald City é bem feita, com grandes cenários, bons efeitos visuais e um resultado final que prova mais uma vez que a ABC fez um negócio bem sem vergonha na parte técnica de Once Upon a Time.
Mas como os Oncers mantém a série viva até hoje, imagino que o que importa é a história e nada mais. De qualquer forma, a NBC mandou bem na produção dessa série.
Mas beleza não põe mesa, pelo menos para mim.
Não tenho a menor intenção de continuar com Emerald City, e confesso que me pergunto se a série consegue ter vida longa na grade da NBC. Só vale a aposta aqui por conta do fator “é o momento certo para apresentar séries de fantasia na TV”. Caso contrário, sinceramente, não vale a pena.
Mas… me contem. Os eventuais plot twists podem salvar a série e garantir uma renovação.
Nunca se sabe, não é mesmo?