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Primeiras Impressões | Powers (PlayStation Network, 2015)

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powersPSN

A Sony quis pegar a carona da Netflix, da Amazon e até da sua concorrente direta no segmento de videogames – a Microsoft -, e apostou em uma produção original televisiva para acrescentar diferenciais ao seu conteúdo. Para isso, eles lançaram a sua primeira série original, Powers… e aqui acabam as boas notícias sobre essa série. Porque, de resto…

Pensa no seguinte cenário: o planeta Terra tem humanos, heróis e vilões. Todos convivem “em harmonia” – ênfase nessas “aspas irônicas” -, onde todo mundo sabe quem é o herói, quem é o vilão, e não existem identidades secretas ou vergonha de sair na rua com roupas ridículas. Afinal de contas, você é um herói. Logo, pode fazer (praticamente) qualquer coisa.

Nesse cenário, vamos acompanhar a dura vida de Christian Walker, investigador de polícia, que antes era um herói, doravante conhecido como Diamond. Ele trabalha na Powers, uma divisão da polícia especializada em capturar os vilões, ou heróis que se bandearam para o mundo do crime, ou pessoas com superpoderes que acham que podem fazer qualquer coisa apenas porque possuem superpoderes. Na verdade, Christian ainda é considerado um herói para muita gente, mas como ele perdeu os seus poderes, alguns outros tantos entendem que ele não está lá muito disposto a ajudar as pessoas.

Depois da morte do seu parceiro humano dentro da delegacia – que, por sinal, não recebe investimentos desde a sua inauguração, Walker recebe uma nova parceira, Deena Pilgrim, que tem um interesse especial pelos heróis, principalmente pelo comportamento do nosso ex-herói. De cara, ela pega um caso que envolve a morte de um herói, que acabou “exagerando” nas substâncias ilegais ao transar com uma “wannabe” (mortal que quer ser uma heroína).

Acontece que Walker suspeita que essa morte não foi por acaso, e que alguns vilões podem estar por trás disso. E ele está certo: a droga consumida pela vítima pode se infiltrar no DNA da pessoa, absorvendo os seus poderes e transferindo os mesmos para outra pessoa.

E Walker desconfia que foi isso o que aconteceu com ele. E vai atrás da verdade para, quem sabe, recuperar os seus poderes.

Online Powers

Powers é o tipo de série que podemos dizer que foi “uma história interessante, que foi muito mal executada”. Antes de ver o piloto, eu sabia que a sua premissa era baseada nos quadrinhos da Marvel (via Icon Comics), ou seja, você até se anima que pode vir algo bom. Porém, isso desaparece completamente quando vemos o logo da Sony… sim, amigos… a mesma Sony que um dia pensou em fazer um filme sobre a Tia May (do Peter Parker). E entendemos porque a Marvel resgatou o Homem-Aranha…

Amigos, de forma bem resumida: o piloto de Powers é, sem medo de errar, o pior da temporada 2014-2015. É simplesmente horrível, em todos os aspectos.

O elenco foi mal escolhido, com atuações horrorosas de praticamente todos os envolvidos, especialmente nos dois protagonistas (cuja empatia é a mesma do casal Nardoni). O roteiro é fraco, com cenas simplesmente canastronas/clichês/previsíveis. E a produção da série… cara, eles se esquecem que o PS4 já tem Full HD (o PS3 não), ou seja, são visíveis os efeitos especiais cretinos e os cenários de chroma key mal disfarçados.

A impressão que dá é que alguém na Sony pensou assim “ah, quem vai ver essa série são os adolescentes, que só se importam com a mitologia… quem se importa com roteiro e efeitos visuais?”.

Na boa, não sou adolescente, mas eu me importo. E uma hora esses mesmos adolescentes terão que desenvolver uma coisa chamada senso crítico. Ou pelo menos o senso do ridículo, pois é isso o que Powers é: ridícula.

Não me entendam mal. Os quadrinhos podem ser legais, e talvez se fosse outro canal (Syfy, talvez?) que tivesse produzido a série, os resultados poderiam ser melhores. Porém, Powers consegue pecar no básico. Você não cria empatia com nada, você torce o tempo todo para que o ex-herói se exploda (sim, porque nada pior do que um ex-herói de #mimimi por 53 longos minutos de um episódio chorando porque ele perdeu os seus poderes), a parceira dele é 100% artificial e sem graça, os vilões são canastrões… a lista de erros é longa!

Pra resumir: Powers é tão ruim, que eu tive vontade de ver Heroes para compensar!

Não aconselho essa série nem para o meu pior inimigo. Pior: não aconselho nem para a Dilma. Nem ela merece tamanha ruindade.

Passe longe.


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@oEduardoMoreira