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Primeiras Impressões | Revenge (ABC, 2011)

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A ABC foi mais um canal que resolveu antecipar uma de suas novidades da próxima Fall Season. E, entre tantas séries de gosto duvidoso, eles resolveram liberar para a galera logo o piloto de Revenge, que na minha opinião é uma das séries “que a CW vendeu para a ABC”. E, de fato, foi isso mesmo.

Antes de mais nada, vale lembrar que a história é, sem tirar nem por, um enredo de uma novela do Manoel Carlos, em todos os sentidos. A história acontece no núcleo dos ricaços em Hamptons, onde todo mundo conhece todo mundo que tem dinheiro, e quem tem mais dinheiro olha para os outros de cima para baixo, como se fossem raças inferiores. Aí, chega uma garota misteriosa (Emily VanCamp), que aluga uma casa de praia de uma das ricaças, que por sua vez, está pegando o marido da ricaça-mor da região (Madeleine Stowe), que está envolvida em diversos podres do passado, inclusive na destruição da família da garota misteriosa.

Viu? Manoel Carlos escreveria isso.

A partir daí, vem todos os clichês de produções com esse tipo de trama: intrigas, fofocas, festas em barcos caros, indiretas diversas… enfim, tudo o que apresenta a trama. A série já mostrou como será parte do final da sua temporada (se é que ela vai chegar ao final), mostrando um assassinato, e a temporada deve mostrar como as situações chegam naquele ponto. Até foi mostrado o ponto fraco da vingativa (o amor do passado, essa pedra no caminho dos justiceiros por conta própria), e como ela conseguiu complicar o meio de campo de uma das ricaças logo no primeiro episódio.

Mas o ponto negativo de Revenge é o seu elenco, que é fraco. Nem tanto por conta de Emily VanCamp, já que a proposta de ser a rainha da vingança ajuda na sua interpretação pouco destacada. Porém, outros membros do elenco, como Madeleine Stowe (que é chamada de “rainha Victória” no piloto) chegam a agredir. Expressividade zero, carisma abaixo de zero, sempre aquela cara de “só sei fazer maldades” (abraço, Vana Medeiros). Os outros personagens também são tão expressivos quanto uma placa de “vire à esquerda”, e algumas interpretações são terríveis.

Revenge deve até agradar o “público da CW”, que gosta dessas tramas que envolvem adolescentes em mistérios adultos (se bem que jovens se vingam, pulam a cerca e envenenam seus inimigos, mas isso não vem a caso agora), mas não é algo que valha a pena perder 42 minutos toda semana para ver aonde vai dar. Quem quiser ver, me conta como isso vai terminar.

Eu? Tô fora!


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@oEduardoMoreira