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Quando George Russell venceu, mas não levou

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Sério… eu tenho pena do George Russell. De verdade!

Ele fez tudo certo. Apostou em uma estratégia ousada, poupou os pneus, controlou as investidas de Lewis Hamilton no final e cruzou a linha de chegada em primeiro no GP da Bélgica de Fórmula 1 em 2024.

Mas não levou os pontos, teve o troféu retirado de suas mãos e foi desclassificado por um erro cometido (e posteriormente reconhecido) pela Mercedes.

É o sentimento agridoce que ele não precisava lidar. E também foi o anticlímax para Hamilton, que conquistou a sua vitória de número 105 da pior maneira possível.

 

Tudo culpa do Toto Wolff

Há quem diga que a falta de entusiasmo de Toto Wolff no final da corrida diante do 1-2 da Mercedes estava diretamente relacionada ao fato do chefe da equipe já saber que a punição viria.

Não gosto de acreditar em teorias da conspiração, mas é de se suspeitar que a teoria fosse mesmo parte de uma realidade que não conhecemos.

De qualquer forma, a desclassificação de Russell hoje na Bélgica cai tanto nas costas de Wolff, que o manjado comunicado público em forma de nota oficial escrita por um assessor de imprensa rolou nas redes sociais da Mercedes.

E desculpas públicas depois de tudo o que aconteceu soa como algo quase conveniente. É o mínimo que se espera, mas não apaga a enorme burrice da Mercedes em Spa hoje (28).

Eu realmente mal consigo imaginar como está o humor de George Russell depois de tudo o que aconteceu. Sua estratégia foi brilhante, principalmente pelo fato de tudo partir dele para dar certo.

No final das contas, o erro da Mercedes conseguiu desagradar a todos. Incluindo o próprio Wolff, que viu escapar o primeiro 1-2 da equipe desde 2022.

Para uma Mercedes que estava na draga durante muito tempo, a vitória de hoje seria uma espécie de confirmação da boa fase (como de fato é, apesar dos pesares).

 

Hamilton não queria a vitória 105 assim…

Da mesma forma que a primeira vitória de Oscar Piastri foi eclipsada por todo o drama protagonizado por Lando Norris e a McLaren, a expansão do recorde de vitórias de Lewis Hamilton caiu no vazio.

Para o heptacampeão, que não estava nada contente em ter uma estratégia que não lhe rendeu a vitória em pista, foi tirada a chance de uma genuína comemoração por mais um triunfo.

Tudo bem, ficam os 25 pontos e o registro no livro dos recordes. Mas isso passa bem longe de ser considerado algo plenamente satisfatório.

É apenas o protocolar dos números, que se tornaram frios por não envolver a devida disputa em pista ou celebração do pódio.

Nem acho tão grave assim o fato de Hamilton não conseguir celebrar mais uma vitória como se merece. Isso aconteceu várias vezes ao longo de mais de 70 anos na Fórmula 1.

Mas quando isso acontece porque uma equipe se esquece de questões técnicas que fazem parte do regulamento, a sensação é de que algo realmente não está certo nessa equação.

E não está mesmo. Foi 1.5 KG a menos.

Depois não reclamem que alguns torcedores criam teorias da conspiração envolvendo a palavra SABOTAGEM na Fórmula 1, principalmente vindo da Mercedes.

Afinal de contas, a força que ela faz para turbinar esse falatório é enorme.


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