O que pode fazer um pedaço de plástico em uma estrutura gigantesca como é a Estação Espacial Internacional? A melhor forma de responder é com a foto acima.
Isso é o que faz um pequeno pedaço de plástico de apenas 15 gramas em um bloco sólido de alumínio. O evento foi emulado com canhões de gás leve, onde um sistema acelerou projéteis a velocidade de quilômetros por segundo, examinando assim a resistência de materiais no espaço.
As consequências variam, indo de pequenos abalos superficiais até danos críticos para a missão causados por projéteis com mais de 1 cm. E a velocidade média do lixo espacial na órbita terrestre é de 14-15 km/s.
Já meteoritos podem alcançar os 72 km/s, e podem ser fatais. A Estação Espacial Internacional, que ocupa quase o tamanho de um campo de futebol, muda constantemente sua trajetória para evitar colisões.
Mas nem sempre consegue, porque só consegue enxergar os objetos grandes. Os pequenos objetos fazem com que a manutenção de várias infraestruturas espaciais sejam muito caras, perigosas e problemáticas.
O desenvolvimento de escudos e sistemas passivos de proteção é um dos temas fundamentais na corrida espacial, apesar de não resolverem o problema a fundo. Muitos escudos entraram em fase de desenvolvimento avançado, e há consenso entre os especialistas que os escudos são necessários em um momento em que o lixo espacial não para de crescer.