Muitos de vocês nunca usaram o Windows Media Player que chegou ao mundo com o lançamento do Windows ME. Ele foi muito bem recebido por conta dos vários recursos que recebeu, mas seu desempenho deixava muito a desejar.
Os computadores com especificações de hardware mais limitadas sofriam com o Windows Media Player, que tinha um desempenho impecável nos equipamentos mais potentes, mas muito débil nos PCs mais modestos.
Então, muitos usuários da época começaram a utilizar o Media Player Classic, uma versão leve e funcional do reprodutor de mídia da Microsoft, que funcionou muito bem por vários anos nos computadores com hardware mais simples.
Que fim levou esse ótimo software?
As origens do Media Player Classic
Um programador conhecido apenas pelo nome Gabest criou em 2003 um aplicativo que foi batizado com o nome Media Player Classic, que recuperava a aparência e o baixo consumo de RAM das primeiras versões do Windows Media Player presente no Windows 98 e Windows 2000.
O aplicativo ganhou popularidade rápido, já que começou a ser incluído como componente opcional dos principais packs de codecs multimídia da época, como era o caso do K-Lite Codec Pack.
Porém, o seu sucesso teve uma vida bem curta, já que a última versão do Media Player Classic foi lançada em 2006. O projeto chegou ao fim porque o Gabest afirmou que não tinha mais tempo para dedicar ao desenvolvimento do software.
Em agosto de 2007, foi confirmado que o desenvolvimento do Media Player Classic foi suspenso oficialmente em maio de 2006. Depois disso, vários arquivos de correção foram lançados para corrigir alguns erros presentes no software.
A última compilação de software do Media Player Classic foi lançada em 2010, e depois disso o programa foi oficialmente descontinuado para todo o sempre. Por outro lado, versões alternativas do aplicativo original começaram a chegar na internet, para a alegria dos mais nostálgicos.
MPC-HC (Media Player Classic – Home Cinema)
Essa variante do projeto original chegou ao mundo em setembro de 2007, e adicionou novos recursos como o suporte para os novos codecs e a supressão de quebra de tela, além de várias correções de erros.
Substituiu o Media Player Classic original na maioria dos pacotes dos codecs, se tornando o seu sucessor para todos os propósitos práticos. Novas versões desse software foram lançadas até agosto de 2017, quando o seu desenvolvimento foi interrompido.
Outro time de desenvolvedores retomou os trabalhos desse software, adicionando uma série de melhorias como a integração do YouTube, o modo escuro e um melhor gerenciamento de legendas.
MPC-BE (Media Player Classic – Black Edition)
Essa é a variante do software original mais relevante. Chegou ao mundo em 2012, e foi o primeiro software do gênero a receber o modo escuro.
Essa versão entrega poucas mudanças adicionais em relação ao software original, mas foi recebendo com o passar dos anos várias novidades que entregaram uma identidade própria ao programa, como a aceleração de hardware, a possibilidade de montar imagens ISO, a compatibilidade com formatos que eram incompatíveis com o software original e a implementação de miniaturas na barra de reprodução para facilitar o salto entre diferentes momentos do vídeo, entre outros recursos.