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Que fim levou o Picasa?

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O Picasa é mais um interessante capítulo de uma internet que está desaparecendo aos poucos. Ele era um gestor de fotos muito competente, que pode ser chamado (com uma enorme licença poética) de “o pai do Google Fotos.

Esse é mais um dos serviços que a Google decidiu matar em 2016, apenas para fazer do Google Fotos o serviço padrão para armazenamento e gerenciamento de fotos online.

Muitos usuários se lembram com muito carinho do Picasa. E vou me aproveitar da nostalgia que hoje domina a internet para falar um pouco mais sobre esse serviço que, pasmem, ainda é utilizado na sua versão mais recente por alguns mais resistentes.

 

O nascimento e principais características do Picasa

O Picasa nasceu em 2002 como um serviço pago, e seu nome é basicamente a fusão das palavras PIc (Picture) e Casa. Ou seja, “casa das fotos”. Seu nome também é uma referência ao pintor espanhol Pablo Picasso.

Sua versão online se tornou muito popular rapidamente por causa de sua simplicidade, e chegou a rivalizar um tempo com o Flickr.

Isso despertou o interesse do Google que, em julho de 2004, com comprou o Picasa para oferece-lo de graça para os seus usuários (causando a morte do Hello, aplicativo que a gigante de Mountain View desenvolveu do zero).

O Picasa se diferenciava dos demais gestores de imagens disponíveis na época por causa de uma série de recursos inovadores:

  • Organização inteligente: você podia organizar suas fotos em álbuns virtuais, marcar pessoas e lugares e adicionar seleções, além de contar com pesquisa de imagens avançado por fotos e palavras-chave.
  • Edição fácil e poderosa: você podia editar uma foto de forma bem simples, com recursos de recorte, correção de cores e criação de montagens e apresentação de sildes.
  • Integrado com o Google: o Picasa era integrado com o Blogger, Gmail e Google Fotos, permitindo o carregamento e compartilhamento de imagens de forma simples.

 

Ascensão e queda do Picasa

O aplicativo se estabeleceu como um dos mais populares da internet, pois todo mundo se interessou pelo simples fato dele ser muito fácil de usar.

A Google seguiu melhorando o aplicativo com novos recursos e otimizações de desempenho, além de aumentar a capacidade de armazenamento de fotos no seu modo de uso gratuito, saindo de 250 MB para 1 GB.

Um dos melhores benefícios do Picasa era oferecer armazenamento ilimitado de fotos com resolução máxima de 2048 x 2048 pixels… desde que você fosse um usuário do indigesto Google+.

E eu sei que muitos usuários só se inscreveram no Google+ para ter esse armazenamento de fotos ilimitado.

 

Bom… você conhece a Google… é uma empresa beta.

 

Em maio de 2015, a Google lançou o Google Fotos, totalmente independente do Google+ e com recursos muito semelhantes ao Picasa. Então… por que ter dois aplicativos que fazem basicamente a mesma coisa (e um deles recebe o nome de nossa empresa)?

Foi o que alguém dentro da gigante de Mountain View pensou.

Dessa forma, em fevereiro de 2016, com 14 anos de vida, a Google simplesmente tirou a vida do Picasa.

A decisão foi tomada para concentrar os esforços de desenvolvimento no Google Fotos. O problema é que vários recursos do Picasa não foram migrados para a nova plataforma, o que deixou vários usuários um tanto quanto irritados.

Enfim… coisas da vida. Coisas da Google.

E alguns choram até hoje o fim do Picasa, que sempre terá lugar nos corações e mentes dos internautas mais veteranos.


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