A Touch Bar presente no MacBook Pro da Apple até que era uma boa ideia, e há quem diga que a mesma não foi compreendida pelos usuários. Na prática, o recurso foi odiado pela maioria, e morre quase esquecido após cinco anos de seu nascimento.
A Apple tentou vender aquela tela OLED touch como uma reinvenção do teclado, mas em termos práticos, o que todo mundo queria era as teclas mecânicas de toda a vida. No final das contas, muitos ignoraram a telinha, e outros decidiram jogar Doom nela.
Ou seja, fizeram qualquer coisa, menos utilizar a Touch Bar de forma produtiva.
Demorou demais para a Apple perceber que isso não funcionava
A Apple finalmente admitiu que a Touch Bar nunca funcionou como deveria. O recurso não convenceu os usuários profissionais, principalmente aqueles acostumados com a produtividade em buscar determinadas teclas durante a digitação ou programação.
Como foi o caso da tecla ESC, que foi eliminada com a Touch Bar, mas voltou ao MacBook Pro em 2019, depois de várias reclamações por parte dos usuários.
Na época, a Apple justificou a decisão em devolver a tecla ESC mas manter a Touch Bar da seguinte forma:
Muitos clientes usam a Touch Bar e se beneficiam de alguns de seus recursos, mas também houve reclamações. Se eu tivesse que posicioná-los, a primeira seria que os usuários queriam uma tecla ESC física . A adaptação foi muito difícil para muitos. Em vez de remover a Touch Bar e perder os recursos dos quais alguns usuários se beneficiam, decidimos adicionar a tecla ESC. Enquanto estávamos fazendo isso, já tínhamos o novo MacBook Air com o botão Touch ID separado. Gostei disso, então decidimos manter a Touch Bar, mas deixar espaço para os dois botões.
O mais curioso de tudo isso é que a Apple vendeu a Touch Bar como um elemento que iria melhorar a produtividade dos usuários, algo que nunca aconteceu na prática.
Os “alguns usuários” que a Apple alegava que se beneficiava dos recursos da Touch Bar não eram a maioria. Aliás, tem enormes chances de ser um bando de gatos pingados. E nem preciso ter uma estatística com o número de pessoas que efetivamente utilizavam o recurso no dia a dia: é só olhar para a grande quantidade de usuários que adotaram o uso de um teclado externo com os portáteis MacBook nos últimos anos.
O MacBook Pro (2021) mais parece uma pedido de desculpas
A seguir, mostro a lista de mudanças que a Apple promoveu no MacBook Pro em 2016. E você vai perceber que praticamente todas essas decisões foram, no mínimo, infelizes (para não dizer desastrosas):
- Chegada da Touch Bar com Touch ID.
- Adeus às portas USB-A em favor do USB-C.
- Adeus ao teclado de tesoura em favor do teclado de borboleta.
- Adeus ao leitor de cartão SD.
- Adeus à porta HDMI em favor de deixar DisplayPort (via USB-C).
- Adeus ao conector de carregamento magnético Magsafe LED.
Praticamente todos os usuários, profissionais ou não, ficaram decepcionados com a remoção desses pontos. Pois bem, vários desses itens voltaram para o MacBook Pro (2021), e a famigerada Touch Bar disse adeus de nossas vidas.
É a Apple reconhecendo que erra, algo que é bem mais fácil de se ver hoje do que na era Steve Jobs. De tanto ver os demais fabricantes lucrando com dongles e adaptadores que ofereciam as portas de conexão tão desejadas, a gigante de Cupertino se rende e traz de volta os recursos que todo mundo queria.
E elimina a Touch Bar por tabela.
RIP. Mas não vai fazer tanta falta assim.